PALMAS - A crise financeira do Tocantins voltou ao foco das discussões na última sessão legislativa da semana. O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) surpreendeu ao hipotecar apoio - dentro de suas atribuições no Parlamento - ao governo. Entretanto, o petebista cobra do chefe do Executivo, Marcelo Miranda (PMDB), que “assuma efetivamente” o comando das ações e inicie o diálogo.
“O governador precisa assumir as ‘rédeas’ do processo e chamar a sociedade e a Assembleia Legislativa para debater. Assuma suas responsabilidades e aí contará com meu apoio, para marcar esse período e resgatar a credibilidade do Tocantins”, conclamou.
O deputado aproveitou para questionar a adesão do governo do Estado a uma ata para contratação de uma empresa de venda de passagens aéreas a um custo de R$ 18 milhões. “O que incomodou é que a empresa sequer é do Estado e pelo que tenho visto não é isso que pensa o governador nesse momento, quando ele mesmo fala em cortar gastos e diárias”, afirmou.

Atuação do Legislativo
Eduardo Siqueira destacou ainda o protagonismo do Parlamento neste momento de crise e ressaltou a contribuição da Casa de Leis para que o Estado possa enfrentar as atuais dificuldades. “A Assembleia Legislativa tem sido o palco para o debate das discussões como nunca antes na história deste Estado”, frisou, ao reafirmar a disposição do presidente Osíres Damaso (DEM) em abrir o Legislativo para debates dos temas atuais.
O petebista afirmou que, desde sua criação, o Tocantins melhorou seus índices de desenvolvimento (IDH, analfabetismo), tendo superado em crescimento seus “vizinhos” (limítrofes do Norte e Nordeste). “O Tocantins é fruto do trabalho de todos nós”, colocou.

Defesa Social
Eduardo disse ainda que é preciso que o Estado enfrente todos os dias uma parte da discussão, pois nessa quarta-feira, 2, foi aprovada matéria de interesse do Fisco, e já nessa quinta-feira, as galerias da Assembleia Legislativa estavam tomadas por aprovados no Concurso da Defesa Social. “Essas pessoas estudaram, passaram no concurso, acreditaram que o Tocantins era um Estado sério e hoje não conseguem tomar posse. Mas todo dia, ao olhar o Diário Oficial, temos nomeações de cargos em comissão”, frisou.