(PALMAS-TO) - Mudanças climáticas, legislação ambiental, problemas com desmatamento, cadastro ambiental rural, PPCDAM – Plano de Ação para Proteção e Controle do Desmatamento na Amazônia – e ações entre os estados e o Governo Federal que possam estabelecer desenvolvimento sustentável para a região amazônica que consequentemente refletirá em todo o país. Estes são alguns dos objetivos do 4º Fórum dos Secretários da Amazônia Legal, que foi aberto na manhã dessa quinta-feira, 19, pelo governador Siqueira Campos, no Palácio.
Na solenidade de abertura, o governador afirmou que “a questão ambiental, se resolvida, leva solução para todas as demais questões da área social e econômica, sobretudo de uma garantia de futuro, porque no contexto ambiental bem trabalhado nos moldes em que são preconizados por todos os homens e mulheres que se dedicam a causa, além de nos garantir mais produtividade nos remete a um futuro com garantia de que as coisas são preservadas e que serão transmitidas de forma responsável para as próximas gerações”.
Segundo o secretário de Meio Ambiente de Desenvolvimento Sustentável do Tocantins, Divaldo Rezende, o evento traz uma agenda diversa sobre os interesses do Estado. “Focaremos algumas questões do Fundo da Amazônia que é um assunto de grande interesse para o Estado do Tocantins e busca transformar o regulamento do fórum de bioma amazônico para Amazônia legal e com isso todos os nossos municípios poderão ser beneficiados pelo fundo, sendo que atualmente apenas 31 estão atendidos”, afirmou.
Para o secretário executivo do Fórum e secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Vicente Falcão, o encontro representa a união de todos os estados em busca de um modelo único de gestão ambiental que respeite as particularidades de cada estado. “Sabemos que a Amazônia Legal é sempre vista como fator de preservação ambiental, por causa da biodiversidade, mas para tanto precisamos ser ouvidos e no Fórum temos a oportunidade de expor nossas reivindicações para que o Governo Federal as conheça e programe o atendimento a cada uma de acordo com suas possibilidades”, enfatizou.
O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Cabral, afirmou que o Governo Federal vem acompanhando todas as ações dos estados e vários avanços são notados. “Existem muitas políticas públicas específicas de cada estado e município, mas o Ministério consegue desenvolver política integrada como o cadastro ambiental rural, em que o órgão vem complementando as ações”, destacou.
Segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Cavalcante, “os grandes agentes atuadores da Amazônia são os estados, portanto o Ministério vê encontros como este fórum de grande relevância, pois resulta em ações mais articuladas junto aos estados”, afirmou, acrescentando como exemplo da necessidade da articulação, a distribuição do Fundo da Amazônia, gerido pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Sustentável – que detém US$ 1 bilhão, sendo o maior disponível para proteção de florestas tropicais. “Se não se organiza os desembolsos de forma que se somem, corremos o risco de desenvolver ações contraditórias, então antes de fazermos a análise técnica e financeira é importante termos entendimento político das prioridades e é isso que esperamos do fórum”.
Documento
Ao final do evento um documento será emitido para o Ministério do Meio Ambiente com as principais reivindicações, que posteriormente será divulgado à sociedade. (Aldenes Lima)
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