Ao afirmar que nos últimos dias visitou diversos municípios e conversou com muitas pessoas a respeito do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para que a Câmara dos Deputados permita ao Supremo Tribunal Federal (STF) deliberar sobre o processo que envolve o Presidente Michel Temer por corrupção passiva, o deputado Lázaro Botelho (PP-TO) afirmou que praticamente todas as pessoas com quem conversou, independentemente de serem contra ou a favor, não sabiam o que realmente está em jogo nessa votação.
Para o deputado, a Câmara não iria decidir se o presidente da República é inocente ou culpado e nem terá o poder de impedir que o Sr. Michel Temer seja processado. Na prática o que ficou decidido pelos deputados é se o Brasil passaria ou não por um novo período de paralisia política e administrativa.
Se a Câmara aceitasse a denúncia – explicou Lázaro – o presidente seria afastado por até 180 dias, assumindo Rodrigo Maia, presidente da Câmara. Se Temer fosse condenado, perderia o cargo e Maia convocaria eleição indireta para 30 dias depois. Absolvido ou caso nada aconteça em seis meses, Michel Temer voltaria a presidir o País.
Lázaro Botelho chegou a montar uma provável cronologia dos fatos, caso a denúncia fosse aceita pela Câmara. Leia abaixo:
• Agosto/17 - Câmara autoriza o STF a deliberar sobre a denúncia;
• Setembro/17 – STF delibera sobre o pedido da PGR. Se decidir pela abertura do processo o Brasil seria “governado” por um presidente interino, Rodrigo Maia, por até 180 dias;
• Março/18 – Se temer for condenado, Maia convoca eleição;
• Abril/18 – Deputados e Senadores, em eleição indireta, elegem novo Presidente;
• Julho/18 – Tem início o período eleitoral;
• Outubro/18 – Eleição de um novo presidente, o quinto em um período de quatro anos.
Lázaro afirmou que seu voto pelo SIM foi para impedir que durante esse período, agosto de 2017 e dezembro de 2018, o Brasil ficasse paralisado, pois nenhum Governo consegue implantar políticas públicas em um ambiente de insegurança e troca-troca. Isso ocorreria caso o processo contra o Presidente da República prossiga neste momento.
Lázaro afirmou que a decisão da Câmara em não autorizar o STF a dar prosseguimento na denúncia não significa que o presidente estará livre do processo e não será julgado, já que o processo prosseguirá em janeiro de 2019, Michel Temer será julgado e responderá à Justiça como qualquer outro cidadão, sem o foro especial de um presidente da República.
Enfim - continuou - meu voto foi no sentido de impedir que o Brasil pare. Não desejo colocar em risco o controle da inflação, a queda dos juros, a retomada do crescimento econômico, a geração de empregos e a continuidade das políticas públicas que beneficiam milhões de brasileiros.
O Brasil mostra claramente que está saindo da crise e neste momento não podemos fazer com que disputas políticas condenem milhões de brasileiros ao sofrimento, com as consequências da desorganização e insegurança que viveremos caso o presidente seja afastado.
“Meu voto foi a favor do Brasil e dos brasileiros”, encerrou Lázaro Botelho.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15937
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