(PALMAS-TO) - No plenário da Assembleia Legislativa nesta manhã de quinta-feira, 21, a deputada estadual peemedebista Josi Nunes ironizou ao parabenizar o governo do Estado por, segundo ela, conseguir “fragilizar a oposição” no Parlamento estadual.
A fala da deputada é em função do fato de quatro parlamentares que tinham assinado documento do deputado Sargento Aragão (PPS) como membros da bancada de oposição terem recuado e formado um bloco “independente”. Solange Duailibe (PT); Stálin Bucar (PR); Wanderlei Barbosa (PEN) e Manoel Queiroz (PPS) tinham assinado o documento de Aragão no dia 5, mas formalizaram nesta quarta-feira, 20, o novo bloco liderado pela petista.
Josi Nunes garantiu que, mesmo com a criação do bloco de “independentes”, o de oposição continua a existir na casa de Leis. Segundo ela, o bloco continua com ela, com Aragão, Eli Borges (PMDB) e Luana Ribeiro (PR). A parlamentar cobrou postura do PMDB e direcionou o discurso ao deputado Vilmar do Detran (PMDB): “Assumam que vocês são governo, que vocês querem secretaria do governo, que vocês querem uma aliança em 2014 com o governo. Vocês mancham a imagem do PMDB. Por que não vão para outro partido, como PSD ou PSDB?”, questionou Josi.
O PMDB está rachado desde as articulações que culminaram com o apoio da sigla a candidatos palacianos nas eleições municipais do ano passado - mais especificamente em Palmas (onde o PMDB foi vice de Marcelo Lelis, do PV) e Araguaína (onde foi vice de Ronaldo Dimas, PR).
Os principais líderes do PMDB reagiram contra a condução do presidente regional, deputado federal Júnior Coimbra, e seus aliados. Grande parte dos membros da Executiva regional renunciou para garantir a dissolução do diretório, mas, depois de uma briga jurídica (que continua em andamento), Coimbra foi mantido no comando da legenda. Nesta semana, o grupo de historicos da legenda pediu intervenção do diretório nacional.
Zé Augusto ataca Josi e históricos: ‘quem é Marcelo Miranda?’
O pequeno expediente foi tomado por discussões na Assembléia Legislativa na manhã desta quinta-feira, 21, em torno da repercussão das palavras do prefeito Carlos Amastha durante reunião com o secretariado na manhã de ontem, e sobre as divergências dos dois grupos do PMDB em torno do comando do partido.
Inconformada em ter ficado de fora das três principais comissões permanentes da Casa, indicadas pelo grupo majoritário do PMDB, Josi cobrou inicialmente o deputado Iderval Silva, e depois foi à tribuna reclamar o tratamento.
Ela explicou que foi à Brasília no começo da semana para participar do pedido de intervenção, e fez um apelo: “Não entreguem o PMDB. Vocês estão contrariando a história de lutas do partido”. Com o tempo esgotado, ela solicitou o tempo da liderança para concluir, que foi negado pelo deputado José Augusto Pugliese, líder.
“Quem éMarcelo Miranda?”
Ao se referir à disputa pelo partido, José Augusto bateu duro no que considera incoerências no comportamento de membros ditos históricos do partido. “Quem é Marcelo Miranda para falar em fidelidade dentro do PMDB? Ele que subiu em diversos palanques adversários nas últimas eleições?”questionou.
José Augusto citou os casos de Araguaína e Palmas. “Onde estava o PMDB em Araguaína, e em que palanque estes ditos líderes históricos subiram? Em Palmas, onde estava o PMDB? E para onde foram os líderes históricos? Foram para um lado e depois terminaram apoiando outro”, disparou.
“Sentada na saia”
Referindo- se à Gurupi, criticou também a deputada Josi Nunes: “A senhora senta em cima da saia para falar. Mas e Gurupi? Como foi aquele processo lá? Quem bancou aquele jogo? Ora é muito fácil criticar”, afirmou.
José Augusto acusou o grupo rival de incompetente. “Foram à Brasília pedir a dissolução do diretório mas não foram capazes do básico da matemática que é dividir o número de membros ao meio e somar mais um”, ironizou.
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