O Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS/AD III) de Araguaína já está funcionando 24 horas. Dependentes químicos de Araguaína têm disponibilizadas 16 vagas por mês, sendo que o tratamento integral de desintoxicação é de 14 dias. Jackson de Souza Oliveira, de 21 anos, é uma das três pessoas que já buscaram o tratamento gratuito e voluntário ofertado pelo Município. Álcool é a droga que mais causa internações.
O jovem vê o tratamento uma como saída em busca de uma nova vida. “Uma porta aberta. É como se eu conseguisse enxergar que meu futuro está próximo e que vou me libertar das drogas. Quero que minha família volte a confiar em mim por isso procurei tratamento, eles pensam que vou voltar de novo a usar tóxicos”.
Jackson conta que morou nas ruas por três anos. “Eu acabei me envolvendo com pessoas erradas, que me incentivaram a usar drogas, crack, maconha, cocaína e álcool. Quando conheci o CAPS/AD, há dois anos, fiquei feliz. Tenho as recaídas, mas agora com o tratamento mais intensivo tenho esperança que vou conseguir”, relatou.
De acordo com o coordenador do CAPS/AD, Klaubher Feitosa, o tratamento 24 horas na unidade é um anseio da comunidade. “As famílias ficam ansiosas, querem que eles retomem logo a vida normal. Muitos precisam passar pela desintoxicação e só com o acompanhamento de 24 horas é possível. O centro atende dependentes químicos através do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que o principal objetivo é a reinserção social”, frisou.
Atendimentos especializados
Os pacientes no período noturno podem se acomodar nos oito leitos que são disponibilizados. São acompanhados por uma enfermeira e uma técnica em enfermagem. Além deles, ficam no local guarda e assistente administrativo.
Durante o dia participam dos atendimentos com profissionais de psicologia, psiquiatria, pedagogia, assistência social e realizam oficinas e atividades terapêuticas. Estão cadastrados no CAPS/AD 1.449 pacientes, sendo 202 assíduos. Por dia, cerca de 30 pacientes frequentam a unidade.
Drogas e internações
O coordenador destacou que a cada 10 pacientes que chegam no centro, sete são dependentes de álcool, o que corresponde a 67% das internações. O álcool representa o principal problema de saúde, seguido da maconha 18%, crack 8% e outras drogas 3%.
Mais atendimentos
O primeiro Centro de Acolhimento Municipal para Tratamento de Dependentes Químicos de Araguaína ampliará ainda mais os atendimentos aos dependentes químicos na cidade. Com 83% já construídos, a obra está na fase de acabamento e a Prefeitura já iniciou a compra dos equipamentos que serão instalados no local para o acolhimento e desenvolvimento dos trabalhos e ações voltados para a recuperação dessas pessoas.
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