A comissão de aprovados do concurso da Polícia Civil condena a demora do governo do Estado em nomeá-los. Desta vez, o grupo aponta os problemas causados pela falta de escrivães nas delegacias do Tocantins, elencando como exemplo a Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), localizada em Taquaralto, Palmas. O comitê comenta uma reunião com subprefeito da região Sul, Adir Gentil, e com a vereadora Laudecy Coelho (SD), que elencaram alguns problemas.
Presidente da Comissão de Assuntos dos Direitos da Mulher, Laudecy Coelho explicou que no caso da DEAM, quando tem escrivão, é designado em missão. "Sendo assim passam alguns dias e saem". Ainda segundo a comissão, a vereadora teria dito que duas auxiliares de serviços gerais da delegacia estão fazendo parte do trabalho que deveria ser realizado pelos escrivães, como a alimentação do sistema eletrônico de processos (EProc).
A comissão destaca ainda que a DEAM funciona no mesmo local onde está a Central de Flagrantes, o que demanda ainda mais a contratação de profissionais. Marilei Schwarz, uma das candidatas aprovadas no concurso da Polícia Civil, lembra que os índices de violência contra a mulher vem aumentando drasticamente e que as vítimas precisam ser atendidas por profissionais habilitadas, o que aumenta a necessidade de contratação desses profissionais.

Concurso
A espera pelas contratações dos aprovados no concurso da Polícia Civil do Tocantins já dura quase 3 anos. Atualmente, segundo a comissão, o cargo com maior número de aprovados, é dos escrivães, sendo que 137 pessoas - mais de 70% - ainda aguardam essas nomeações. Os delegados e peritos criminais também estão na expectativa do desenrolar dessa história.
O concurso público da Polícia Civil foi lançado em março de 2014 para provimento de vagas e formação de cadastro de reserva para: agente, escrivão, datiloscopista, necrotomia, delegado, perito criminal e médico legista.
Todo o certame contou com duas etapas. Em 2014, a primeira consistiu em: provas objetivas; exames médicos; teste de aptidão física, além do exame psicológico. A segunda etapa, realizada no segundo semestre de 2016, teve o curso de formação profissional e investigação criminal e social.
 
Provimento próximo do ideal
Em nota enviada na terça-feira, 20, após outra cobrança da comissão, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que as 515 vagas para provimento imediato e formação de cadastro de reservas se aproxima do ideal necessário ao bom andamento dos trabalhos da Polícia Civil e técnico científica do Estado.
"Outros aprovados no certame poderão ser convocados na medida em que haja disponibilidade orçamentária e financeira para isso. Vale ressaltar que o concurso tem validade até o mês de março de 2019", destaca.