Humberto Tonaco
(BRASÍLIA-DF) - Dois representantes do Ministério do Trabalho: a coordenadora nacional do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, Vera Lúcia Albuquerque, e o chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, Alexandre Lyra, e ainda, o sociólogo e professor emérito da USP José de Souza Martins, o ex-ministro do Trabalho e professor do Instituto de Economia da Unicamp Walter Barelli e o coordenador-geral da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), José Armando Fraga Diniz Guerra, participaram na tarde dessa quarta-feira, 18, de audiência pública da CPI do Trabalho Escravo, para prestar esclarecimentos à comissão sobre ocorrência de trabalho escravo e análogo à escravidão nas áreas rurais e urbanas do país.
A audiência foi proposta pelo deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), com o objetivo de obter subsídios para os trabalhos da comissão.
O deputado Lázaro Botelho (PP-TO), membro da CPI do Trabalho Escravo, afirma que está trabalhando no sentido de contribuir visando a desmistificação do que ele trata de “atividade Ilegal”, “Irregularidades trabalhistas” e “trabalho Escravo ou degradante, análogo ao de escravo”, no intuito de propor soluções para esses problemas. “Vamos verificar como estão a fiscalização trabalhista e a legislação competente e propor soluções para que não ocorra atividade ilegal, trabalhando atentamente para separar o joio do trigo, pois há muitos empresários e pecuaristas sendo prejudicados pelos que atuam de forma ilegal”, pontuou. No Brasil, o trabalho escravo resulta da soma do trabalho degradante com a privação de liberdade.
A CPI do Trabalho Escravo tem como base a chamada “lista suja” elaborada pelo Ministério do Trabalho, que inclui 294 empregadores, entre pessoas e empresas, acusados de explorar mão de obra sem efetivar direitos trabalhistas ou humanitários.
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