Uma das razões que atraem os produtores na hora de aderir ao programa é o preço que o programa paga pelos produtos, já que não há atravessador, o que representa maior ganho ao produtor familiar

"Se não fosse o Compra Direta, não tava sobrevivendo não. Se parar, eu paro também", disse o agricultor familiar Maurício Pereira Lima, que vende vários produtos para o programa Compra Direta em Araguaína. Seu Lima foi um dos primeiros produtores a vender ao programa e com ele, garante o sustento de sua família e de mais outras quatro. "Garanto a sobrevivência da minha família e de outras que trabalham comigo também, tem umas quatro pessoas que trabalham comigo e dependem de mim", afirmou.
O agricultor familiar comentou que antigamente plantava em torno de dois hectares e hoje tem uma área plantada em torno de quatro, cinco hectares, onde cultiva tomate, pimentão, jiló, pepino, mandioca, melancia, milho, repolho. "Eu vendo várias variedades, porque planto 17 itens", explicou.
Outra produtora é Ilda Pinheiro Neto, que desde 2015 vende para o Programa Compra Direta. "Antes eu não tinha um comprador certo para os meus produtos, agora tenho. Tem dia que trago mandioca vendo 450 quilos, hoje mesmo trouxe milho verde, deu mais de 470 quilos", disse dona Ilda.
"Tô muito feliz e quero que continue sempre essa compra direta pra ajudar os agricultores familiares. A agricultura familiar está sendo muito importante pra mim e acredito que pra todos que participam", completou a produtora.
Neste ano, o programa já está na sua terceira semana de compra de produtos vindos diretos dos agricultores familiares. Uma média de 60 toneladas por semana que são comprados de 297 produtores e distribuídos para 96 entidades beneficiadas.

Programa
Com o objetivo de estimular a produção dos agricultores familiares, a partir da certeza da comercialização dos seus produtos a preços justos, a Prefeitura de Araguaína vem investindo no Programa Compra Direta nos últimos quatro anos.
Uma das razões que atraem os produtores na hora de aderir ao programa é o preço que o programa paga pelos produtos, já que não há atravessador, o que representa maior ganho ao produtor familiar.
Os produtores recebem o pagamento no começo do mês, sempre em dia, após a Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico fornecer as informações das notas fiscais ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA). Cada produtor tem uma cota de até R$ 6.500 para vender ao programa.
Os alimentos são distribuídos para 96 entidades, entre escolas, creches, lar de idosos e orfanatos, beneficiando cerca de 25 mil pessoas diretamente.
 
Mais melhorias
A Prefeitura disponibiliza vários programas que beneficiam os pequenos produtores, um deles é a distribuição de calcário. O projeto em parceria com o Governo Federal, já beneficiou cerca de 300 propriedades rurais, que receberam o calcário para correção do solo e aumento da produtividade.
A Prefeitura também trabalha com o Programa Trator na Roça, que disponibiliza máquinas, em parceria com associações e produtores nos assentamentos, para aragem e preparação do solo para o plantio.