Em todos os discursos a fé em Deus, testemunhada pela família e amigos da reitora da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Elizângela Glória Cardoso, foi colocada em evidência. "Mesmo nos momentos mais difíceis, ela não deixou de acreditar", disse a irmã Leidiane Cardoso durante homenagem. O enterro aconteceu no final da tarde desse domingo, 25, em Porto Nacional. Elizângela faleceu aos 36 anos na manhã de sábado, 24, no interior paulista. Ela sofria de câncer no intestino e estava se tratando no Hospital do Câncer de Barretos.
A comoção tomou conta dos familiares, amigos e autoridades presentes. Em suas palavras o governador Marcelo Miranda (PMDB), compartilhou sua experiência de vida com a jovem reitora. Elogios não foram poupados quanto à competência técnica e humana de Elizângela como gestora da Universidade. O governador recordou que foi uma das melhores escolhas de seu governo ter Elizângela Glória Cardoso em sua equipe. Lembrou que como reitora Elizângela trouxe muitas conquistas e mudou a Universidade, tornando-a uma instituição reconhecida e de respeito.
Centenas de pessoas compareceram para se despedir da reitora. No primeiro dia de velório, no auditório da sede administrativa da Unitins, foram prestadas as primeiras homenagens com apresentação de grupo devocional e palavras de condolências de alunos, docentes, técnicos e gestores. Secretários de Estado, dentre outras autoridades como a primeira dama e deputada federal Dulce Miranda, amiga da reitora, compareceram ao local para prestar as últimas homenagens.
A comoção tomou conta dos corredores da Universidade por volta das 22h30, de sábado, 24, hora em que o corpo da reitora chegou ao local. Acompanhada de perto da mãe Ivonete Glória e das irmãs Leidiane e Eliane Cardoso, a reitora foi velada por cerca de duas horas na Universidade. Em seguida, foi levada para sua residência, onde continuaria a ser velada até a tarde de domingo.
Elizângela Glória Cardoso foi lembrada o tempo todo como uma mulher de muita fé. Nas palavras expressadas pelos familiares e amigos próximos, "seu maior orgulho foi ter consagrado uma Universidade a Jesus Cristo", contou a irmã Leidiane Cardoso, que a acompanhou durante o tratamento hospitalar. "Ela queria testemunhar o milagre de poder voltar bem para vocês, mas como sua comunhão com Deus estava tão íntima a ponto de ela entender que era chegada sua hora, ela me pediu para que eu testemunhasse a sua fé".
Segundo a irmã, após a descoberta do câncer, a reitora se manteve confiante no tratamento médico todo o tempo e "mesmo quando ouvimos dos médicos que não havia mais o que ser feito, ela não deixou de lutar pela vida e acreditar na cura. Em seu último suspiro ela conseguiu se despedir e ir em paz", confortou a irmã.
Entenda
A reitora da Unitins teve um mal-estar no fim do ano de 2016, quando foi submetida a uma cirurgia para retirada de uma massa no intestino. Já em março deste ano, Elizângela Glória Cardoso teve que se afastar de suas funções novamente para nova cirurgia, data em que foi diagnosticada com câncer intestinal.
Em seguida, a reitora foi levada para tratamento em hospital especializado em Barretos, São Paulo, aonde veio a falecer após travar uma batalha pela vida durante quase três meses. Aos 36 anos, a reitora deixou pais e três irmãos. (Com informações da Ascom da Unitins)
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