(PALMAS-TO) - Estudo de comissão formada para discutir o valor da tarifa do transporte coletivo de Palmas concluiu que o novo preço deve ser de R$ 2,80 e não R$ 2,86, como quer o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros do Tocantins (Seturb). Os resultados do estudo foram apresentados na tarde dessa quinta-feira, 24, pela Secretaria de Acessibilidade, Mobilidade e Transporte (Samot) ao Conselho Municipal de Acessibilidade, Mobilidade e Transporte (CMAMT).
Conforme a Secretaria de Comunicação de Palmas (Secom), a comissão foi formada após o sindicato das empresas ter encaminhado a proposta de revisão da tarifa do transporte coletivo. As empresas pedem reajuste de 14,36% (para R$ 2,86), mas, pelo estudo, deveria ser de 12% (para R$ 2,80). Para chegar a esse “valor ideal”, o grupo formado analisou a planilha de custos das empresas, com despesas com pessoal, manutenção de ônibus, combustível, entre outras. Foi Ainda avaliada a quantidade de usuários beneficiados com a gratuidade no transporte coletivo, estudantes que pagam metade e o custo do sistema operacional. Assim, a comissão chegou ao custo do quilômetro rodado das empresas para definir o valor de R$ 2,80.
SEM REPASSE À SOCIEDADE
O secretário da pasta, Christian Zini, disse que a intenção é criar mecanismos para impedir que esse reajuste seja repassado à população. “O valor da tarifa será discutido o tempo que for necessário e, por isso, a necessidade de que todos analisem bem os dados. Queremos possibilitar mecanismos para que, caso seja necessário o aumento, ele não seja repassado à população”, disse Zini.
Conforme a Secom, entre as sugestões apresentadas para que o aumento não fosse repassado totalmente para a população, foi abordada possibilidade da desoneração do Imposto Sobre Serviços (ISS), cobrado pelo Município, e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelo Estado sobre o combustível e também a possibilidade de subsídios.
Conforme a Secom, o prefeito Carlos Amastha (PP) lembrou que já vem discutindo com o governo estadual a questão do transporte público de Palmas. “Estive reunido com o governador esta semana e levei a questão. Sem dúvida estamos pensando no melhor para os palmenses e prova disto é ter neste Conselho toda sociedade representada”, afirmou.
MOVIMENTO DE JUNHO DE 2013
O aumento da tarifa, como em todo o País, levou cerca de 30 mil pessoas às ruas de Palmas em junho do ano passado, no maior movimento popular espontâneo que ocorreu no Estado. Na época, Amastha e o então secretário estadual de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, chegaram a trocar farpas pela imprensa e redes sociais. Eduardo cobrou no Twitter que o prefeito repassasse ao custo da tarifa a desoneração promovida pela presidente Dilma Rousseff. Já Amastha cobrava do Estado a redução do ICMS.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14988
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