(PALMAS-TO) - Localizado na região Leste do Tocantins, o Jalapão é um prato cheio para quem curte ecoturismo e esportes radicais como o rafting. Local de encontro de falésias com belas cachoeiras, a região do Jalapão tem para oferecer aos turistas belas paisagens, vegetação característica, além da riqueza do artesanato em Capim Dourado, típico da localidade. Neste cenário, que recebe uma média de cinco mil visitantes ao ano, destacam-se dunas de areias douradas, com até 30 metros de altura, o que levou o lugar a ser chamado de deserto.
O Jalapão ocupa uma área de cerca de 34 mil Km² entre os municípios de Lagoa do Tocantins, Novo Acordo, Lizarda, Ponte Alta, Santa Tereza, Mateiros e São Félix do Tocantins. A temperatura média no local é de 30° e o melhor período para se visitar é justamente o de estiagem, entre maio e novembro, quando as chuvas dão uma pausa e as belezas do Jalapão podem ser apreciadas sem grandes problemas.
Partindo de Palmas, diversas empresas fazem passeios, aqui chamados de expedições, ao Jalapão, oferecendo transporte em veículo traçado, hospedagem (em pousadas ou confortáveis acampamentos), alimentação e acesso aos pontos turísticos locais. Devido ao tamanho da região, o recomendável é não ter pressa e reservar alguns dias para conhecer todos os atrativos naturais com calma e tempo para fotografar e curtir.
Rico em atrativos naturais de beleza única, o Jalapão permite ao visitantes a possibilidade de transitar entre altas dunas de areia fofa ou descer as corredeiras num rafting pelo Rio Novo. Além disso são indispensáveis os banhos na piscina natural na cachoeira da Velha, além das águas azuis e translúcidas da cachoeira do Formiga.
Ponto que intriga visitantes, as nascentes de água conhecidas como Fervedouro, são um atrativo à parte no qual os visitantes, por mais que queiram, não conseguem afundar. A explicação é simples: um fenômeno chamado ressurgência no qual a pressão da água que sobe pela areia no fundo da lagoa não deixa que as pessoas encostem no chão.
Acesso e hospedagem
Independente de contato com empresa turística especializada, ou trajeto feito com veículo próprio, o ponto de partida para a aventura nas dunas do Jalapão é Palmas. Saindo da capital do Tocantins, pode-se seguir 64 Km pela TO-050 até Porto Nacional e de lá para a cidade de Ponte Alta, considerada a entrada do Jalapão. Já na região, basta seguir para os atrativos, sempre em estradas de terra. Por isso, o recomendado é utilizar um veículo 4x4.
Outra alternativa de traslado é sair de Palmas sentido Norte, pela TO-020, até o município de Novo Acordo em uma viagem de 108 Km. Além disso, pode-se trafegar pela TO-030 (100 km de extensão), interligação com o distrito de Taquaruçu, ainda em Palmas, até Santa Tereza do Tocantins.
Para a hospedagem no local, o recomendado é procurar hotéis ou pousadas nos municípios que compõem a região do Jalapão. Uma dica é a pousada Panela de Ferro, no município de Mateiros. Com diárias a partir de R$ 125 na alta temporada, o local oferece outras opções de valor dependendo da época do ano que o turista visitar o município.
Além disso, para melhor conhecer os pontos turísticos da região, o indicado é procurar um dos guias turísticos capacitados para conduzir os visitantes pelos atrativos da região. No site oficial do Jalapão (jalapao.to.gov.br), há uma lista com nomes e contatos de guias turísticos da região.
Beleza é o principal atrativo
Visitante “experiente” do Jalapão, o engenheiro ambiental Lamartine José Mansur Júnior já foi ao Jalapão três vezes, uma delas a trabalho. “Fui ministrar um curso direcionado as pessoas do Mumbuca e São Félix sobre a região, queimadas e o manuseio correto do Capim dourado. Aspectos geográficos no geral”, disse.
Das visitas a lazer, ele destaca que a beleza da região é o maior atrativo do Jalapão. Entre os pontos mais visitados, ele ressaltou alguns pontos que os turistas não devem deixar de visitar. “As dunas e suas piscinas naturais, dois contrastes que você só acredita estando lá. Em pleno período de seca, águas limpas e transparentes, muito bonitas mesmo. E o fervedouro, devido ao mistério de ‘só morre afogado quem quiser’. Fervedouros são fascinantes”, afirma.
Para ele, muito mais do que as trilhas e estradas que levam às cachoeiras e piscinas naturais, os turistas devem levar com eles o respeito à natureza. E fica o conselho: “vá e aproveite o máximo, fique com gosto de quero mais. Visite todos os pontos turísticos com respeito e consciência de que aquele ambiente é para todos tenham a oportunidade de curti-lo nem que seja por um momento na vida”.
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