(BRASÍLIA) - Cerca de 1.800 empresários da indústria de todo o País que se inscreveram no Encontro Nacional da Indústria (Enai) 2014 elaboraram a Carta da Indústria 2014 com a definição de pontos fundamentais a serem resolvidos pelos políticos até 2018. O documento, destinado à presidente da República Dilma Rousseff (PT), destaca que “é tempo de correção de rota” na economia, assim o Brasil deve estar organizado “para daqui quatro anos responder o quanto melhoraram os indicadores de competitividade”. A carta foi elaborada no último dia do evento, realizado entre quarta-feira, 5, e quinta, 6.
Com uma comitiva de 25 integrantes, a Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto) participou do encontro. De acordo com o vice-presidente da Fieto e presidente do Sindicato dos Beneficiadores de Arroz, Carlos Suzana, todas as discussões deixaram claro que as dificuldades do Brasil estão na falta de competitividade. “Isso ficou claro na Carta da Indústria. Os nossos custos crescem mais do que a produtividade”, confirmou Suzana.
Conforme a Fieto, as reflexões foram decisivas em um momento em que a nova geração brasileira, em especial a classe média, exige novas demandas.
A Carta da Indústria também relata sobre a presença da indústria do futuro nos dias atuais, com as impressadoras em 3D e os robôs, assim como as crises mundiais. “A crise mundial fez com que as economias avançadas reavaliassem suas estratégias e os países emergentes fazem o mesmo: se tornam mais competitivos e se inserirem no mercado global”, frisa o documento.
Questões importantes
Entre as principais demandas apresentadas na Carta estão as reformas tributárias e das relações de trabalho, redução da taxa básica de juros, que os investimentos em infraestrutura cresçam em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Além disso, que política comercial ativa, desburocratizada e com foco em mercados estratégicos permita uma maior e melhor inserção internacional para um número expressivo de empresas brasileiras de todos os portes e setores, bem como avanços expressivos na área da educação.
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