A reportagem apurou que o cancelamento por parte da empresa TAM Linhas Aéreas pode encontrar explicação na decisão do Governo Federal que no ano passado editou Medida Provisória de nº 652/14 com o objetivo de criar o PDAR-Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional, criando o subsídio para a aviação regional. Com validade de até dez anos (de cinco anos, podendo ser prorrogado por mais cinco anos).

Pela medida, as outorgas pagas pelos aeroportos privatizados financiariam a aviação regional no país, com os subsídios limitados ao máximo de 15 por cento do Fundo Nacional da Aviação Civil. Algo em torno de 500 milhões (em 2015 o Fundo tem receita estimada na ordem de R$ 4,2 bilhões).
Assim, a TAM, ao cancelar o trecho Imperatriz-São Luís no voo originário de Brasília, quebra a ponta com outra capital, tornando assim o voo com características regionais. O que a TAM ganha com isso? Além dos subsídios, a isenção de tarifa aeroportuária que o PDAR prevê para terminais cuja movimentação é de até 600 mil passageiros/ano. Para os estados enquadrados na Amazônia Legal, o teto seria de 800 mil passageiros.