O presidente da Câmara de Araguaína, Marcus Marcelo (PR), afirmou à imprensa não ter entendido a nota de repúdio proposta pelo deputado estadual Zé Roberto (PT) após os vereadores araguainenses decidirem negar moção de aplausos ao também deputado Eli Borges (Pros), numa reação ao voto pela retirada de R$ 45,5 milhões da duplicação da TO-222. Dos 86 milhões previstos no empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, apenas R$ 41 milhões ficaram.
Proposta pelo vereador Wagner Enoque (PRB), a moção de aplausos a Eli Borges foi motivada pela destinação recursos para uma instituição que atua no tratamento de dependentes químicos na cidade. A deputada Luana Ribeiro (PDT) foi alvo de homenagem também por causa de emenda à entidade, entretanto, a dela foi aprovada pela Câmara de Araguaína. A pedetista votou pela manutenção de R$ 86,5 milhões para a duplicação da TO-222.
Sobre a diferença de posicionamento, Marcus Marcelo admitiu que há ressentimentos quanto ao posicionamento do parlamentar na votação do empréstimo de R$ 453 milhões. "O sentimento, de fato, é referente o Eli Borges ter encabeçado a retirada de recursos da rodovia", afirmou. Entretanto, o presidente questionou a proposição de nota de repúdio contra ele feita pelo deputado Zé Roberto. "Não entendi o posicionamento. Se equivocou ao citar o meu nome", disse.
O republicano garantiu que não houve qualquer "articulação" para negar a moção de aplauso a Eli Borges, seja dele ou do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR). Marcus Marcelo explicou ainda que, como presidente, não precisa manifestar voto. Apesar disto, o vereador disse publicamente que, se fosse preciso, votaria pela homenagem aos dois deputados que destinaram emendas para a instituição que atua no tratamento de dependentes químicos.
"Não entendi o posicionamento. Se equivocou a citar o meu nome. Como presidente não preciso manifestar voto e deixei claro que votaria favorável as duas moções", disse Marcus Marcelo. As moções de aplausos foram votadas na terça-feira, 10, e a Câmara negou homenagem a Eli Borges porque apenas 6 vereadores foram favoráveis, enquanto outros seis se abstiveram. Apenas um se manifestou contrário. Segundo o presidente, a matéria precisaria de oito votos para ser aprovada.
Apesar de pessoalmente ter se manifestado pela aprovação da matéria, o presidente defendeu a posição dos colegas de Câmara. "A posição do Legislativo de Araguaína precisa ser respeitada", afirmou Marcus Marcelo.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15987
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