BRASÍLIA-DF - Café, açúcar e fumo superaram as dificuldades existentes no mercado internacional e lideraram as exportações brasileiras do agronegócio no mês passado. É o que revelam os números divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No entanto, em comparação com janeiro de 2014, a balança comercial do mês apresentou quedas em diversas transações. As exportações recuaram 14,5%, as importações 16% e a corrente de comércio (exportações mais importações), 15,3%. Assim, a balança comercial brasileira fechou em janeiro de 2015 com um déficit de US$ 3,17 bilhões.
Ao analisar o desempenho da pauta exportadora como um todo, percebe-se que poucos setores apresentaram desempenho positivo, em comparação com janeiro do ano passado. Mesmo enfrentando cenário econômico incerto, alguns setores do agronegócio conseguiram performance positiva nas vendas externas no mês passado.
Café liderou - O destaque do mês de janeiro, no segmento do agronegócio, ficou por conta da cafeicultura: apresentou crescimento de 58,2% em valor, comparado com igual período de 2014. Fator decisivo para essa alta foi a expectativa criada com uma possível queda na safra do grão, em virtude dos problemas climáticos enfrentados pelos cafeicultores.
O bom desempenho do produto, no entanto, não foi resultado apenas da elevação dos preços, mas também do aumento de 7,0% no volume exportado no mês passado. É importante lembrar que o Brasil é o principal produtor e exportador mundial de café.
A maior receita com as exportações do agronegócio em janeiro, contudo, pertence ao setor de carnes. As vendas externas desse segmento somaram US$ 47,8 milhões, ficando em quinto lugar no quadro geral. Entretanto, o setor apresentou queda de 14,8% no valor total das exportações, quando comparado a janeiro de 2014.
Os preços não apresentaram variação relevante, mas as quantidades tiveram quedas expressivas. Com redução de 8,6% no valor exportado, em relação a janeiro do ano passado, a carne de frango somou US$ 418 milhões em vendas e foi a principal responsável pela queda no desempenho geral do setor. (com informações da CNA)