A média diária de vendas foi menor em março do que em fevereiro. Foram vendidos, por dia, 8.146 veículos, em 22 dias de trabalho. Em fevereiro, o setor comercializou 8.156 unidades/dia.
Segundo a Anfavea, a queda foi maior do que a esperada e se deve ao agravamento da crise política no país.
Como reflexo do recuo nas vendas, a produção de veículos no trimestre alcançou o menor nível desde 2003. As montadoras instaladas aqui fabricaram 482,29 mil veículos ante 667,57 mil unidades no mesmo período de 2015, declínio de 27,8%.
Em relação ao mês de março, o recuo foi de 23,7% no comparativo com 2015, 195,3 mil ante 255,9 mil.
Moan afirmou que, por causa desse nível mais baixo de atividade, a ociosidade no trimestre está maior que a esperada. No segmento de automóveis e veículos comerciais leves, por exemplo, 60% das linhas de montagem estão paradas, já em caminhões e ônibus, esse patamar atingiu 81,6%.
Isso afeta diretamente no nível de emprego, segundo a Anfavea. O setor fechou março com 38.792 empregados em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) e no PPE (Programa de Proteção ao Emprego).
No total, a folha de pagamento das montadoras conta com 128,5 mil pessoas, 8,7% a menos que no mesmo período de 2015, quando o quadro de funcionários girava em torno de 129,9 mil.
Nem exportação salva
Embora o número de unidades exportadas tenha se ampliado – de janeiro a março foram embarcados 98,8 mil veículos, aumento de 24% –, a queda no valor dos produtos vendidos fez cair o valor das vendas externas.
A receita passou de US$ 2,43 bilhões para US$ 2,25 bilhões no trimestre, redução de 7,6%, mesmo com a valorização do dólar médio, de R$ 2,86, no primeiro trimestre de 2015, para R$ 3,89 neste ano.
Moan disse aguardar o acordo de exportação de veículos para o Irã para as próximas duas semanas. Pelos cálculos da Anfavea, o mercado iraniano pode absorver 140 mil automóveis, 17 mil ônibus e 35 mil caminhões.
O vice-presidente de logística da Scania Latin America, Fábio Castello, afirmou que o Irã deverá se tornar um dos principais mercados para a marca. (Com informações da Anavea e da Fenabrave)
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