(Araguaína-TO) - Mais uma vez o juiz da Vara de Execuções Penais, Antônio Dantas de Oliveira Júnior, o diretor do Presídio Barra da Grota, Wanderlan Rufino e o chefe de segurança Jales Pereira Braga, são ameaçados de morte. Desta vez, o recado foi encontrado no vidro traseiro de um veículo Golfe que foi roubado na sexta-feira, 1º, por volta das 22 horas, em Araguaína.
No papel, além dos homens desenharem um revólver, deixaram a indicação de que o recado fosse repassado para a imprensa, está escrito "até a próxima".
De acordo com um advogado, que preferiu não ser identificado, e é o proprietário do veículo, a ação ocorreu no momento em que chegava a sua resdência. Segundo ele, após abrir o portão e acionar o controle para fechá-lo, cinco homens encapazudos e armados com revólveres, o abordaram, o fizeram deitar no chão, amarraram e o trancaram em um dos cômodos da casa.
Além de roubarem o veículo, de acordo com o advogado, os homens levaram uma TV e outros pertences pessoais. O prejuízo é de cerca de R$ 6 mil.
A Polícia Militar (PM), encontrou o veículo no sábado, 2, por volta das 6 horas, sem as rodas, sem o DVD e o estepe.

Unidade prisional
De acordo com Rufino, o caso já está sendo investigado pela Secretaria de Segurança Pública [SSP] e toda a situação é também do conhecimento da Secretaria de Defesa Social. "Como eu sou o responsável pela unidade prinsional, eu vou continuar trabalhando normalmente", disse. O juiz está de licença médica.

Reforço
No dia 15 de outubro, após a unidade prisional receber reforço de mais 17 integrantes do Grupo de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil (Gote), uma terceira carta foi encontrada na unidade prisional.
O documento, que foi localizada durante vistoria em uma das celas do Seguro, continha ameaça de morte ao promotor que atua nas 1ª e 2ª Varas Criminais, Benedito Guedes, o juiz da Vara de Execuções Penais, Antônio Dantas de Oliveira Júnior, e ao diretor do presídio, Wanderlan Rufino.
De acordo com informações apuradas a carta, que trazia também a numeração 1533, o seria a identificação de uma facção criminosa, dizia: "vamo mostra quem manda aqui". Ainda conforme a carta, "há pessoas do lado de fora do presídio que vão ajudar na fuga dos presos".
No dia 18, o juiz afirmou que há possibilidade da ameaça de morte escrita na terceira carta encontrada, nessa terça-feira, 15, no Presídio Barra da Grota, ser verdadeira. "Esta ameaça tem tudo para ser verídica e a carta está sendo investigada. Estamos aguardando o resultado para saber quais medidas serão tomadas", disse o juiz.
Na época, questionado quais medidas poderiam ser implantadas do Barra da Grota para minimizar a atuação dos crminosos, o juiz disse que de imediato seria aumentar o efetivo e de armamentos não letais para qualquer emergência.

Alerta
No papel, além dos os homens desenharem um revólver, deixaram a indicação de que o recado fosse repassado para a imprensa e está escrito "até a próxima"
Comando da Capital (PCC) nos presídios do Estado entrevistanto o promotor de Justiça, de Araguaína Benedito Guedes.
Na época, segundo ele, há fortes indícios da instalação do grupo Comando Vermelho (CV) no Tocantins. "Temos documentos que podem evidenciar a possível instalação do crime organizado no Estado. É necessário que haja uma investigação "rápida", alertou o promotor.
Segundo o promotor, assaltos a bancos e tráfico de drogas em grande quantidade são sinais "fortíssimos" da presença da organização.