(BRASÍLIA-DF) - Os coordenadores das bancadas federais do Tocantins, senador Vicentinho Alves (SDD), e de Mato Grosso, deputado Eliene Lima (PSD), se reuniram nessa terça-feira, 11, para definir os últimos preparativos do encontro entre os dois Estado para discutir um projeto de interesse comum: a construção da travessia da Ilha do Bananal.
O projeto será apresentado aos deputados e senadores do Tocantins na reunião da bancada que aconteceu no final da manhã desta quarta-feira, 12, quando também foi definido o sucessor de Vicentinho na coordenação do grupo de congressistas do Estado.
Depois, os dois coordenadores - de Tocantins e Mato Grosso - vão conversar com os seus respectivos governadores, Siqueira Campos (PSDB) e Silval Barbosa (PMDB), para definir a data do encontro deles e de suas respectivas bancadas federais num jantar, que será realizado já semana que vem no Clube do Congresso, em Brasília.
No jantar, os dois Estados afinarão o discurso em torno do projeto da travessia da Ilha do Bananal. Então, acertarão com o Palácio do Planalto uma audiência com a presidente Dilma Rousseff com Siqueira, Silval, senadores e deputados de Tocantins e Mato Grosso. "Já percorremos várias instâncias para chegarmos até aqui. Conversamos com ministros e com a Funai (Fundação Nacional do Índio). Está tudo caminhando para esse sonho se tornar realidade", contou Vicentinho, que definiu o jantar da próxima semana como "histórico".

Travessia
Conforme a Agência Tocantinense de Notícias (ATN), a travessia contará com 90 quilômetros de extensão e valor estimado em mais de R$ 1 bilhão. Ela passará pela TO-500 e fará a ligação da Ilha do Bananal, no ponto do Rio Javaé, até a BR-242, em São Félix do Araguaia, em Mato Grosso. A iniciativa de fazer a travessia surgiu em 2000, na gestão Siqueira Campos. A proposta é concretizar a obra via parceria público-privada (PPP).  
O governador Siqueira Campos, que chegou a visitar algumas comunidades indígenas do Tocantins para explicar o projeto, disse, através da ATN, que a travesia encurtará em mais de 1000 quilômetros a ligação dos oceanos Atlântico e Pacífico, unindo o Brasil de leste a oeste, melhorando condições de transporte da produção para os portos de Salvador (BA) e também acesso ao calcário e a jazidas de fosfato.