Araguaína (TO) - A Justiça condenou nessa quarta-feira, 26, Cícero Romão Batista Pereira, acusado de ser o autor de uma chacina que abalou o município de Araguaína há três anos. O réu foi condenado a 76 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão pelo assassinato de quatro pessoas de uma família de ciganos na cidade. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), esta foi a maior pena em um júri popular em Araguaína.
Na época do crime, dois homens chegaram em uma caminhonete de cor prata e começaram a atirar contra três pessoas que jogavam baralho na frente de uma residência. Duas morreram no local e uma terceira conseguiu escapar sem nenhum ferimento. Em seguida, os acusados mataram uma mulher grávida e o seu esposo.
Segundo o promotor de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira, as investigações comprovaram que a chacina ocorreu para vingar a morte de Maria dos Prazeres, 72 anos, mãe de Cícero Pereira e de Carlos Alberto Pereira, que está foragido. As investigações apontaram, ainda, que a família de ciganos foi executada por engano. “Eu não mandei matar esses que morreram. Os pistoleiros que vieram mataram enganados”, disse Cícero Pereira, na época em que foi preso.
Ainda segundo foi investigado, testemunhas afirmaram que a família que era o alvo real dos assassinos morava nas proximidades e fugiu minutos após o crime.