Ataque de gafanhotos é detectado na microrregião Gerais de Balsas

Durante as fiscalizações da Defesa Vegetal e levantamentos fitossanitáriosnas culturas de feijão, soja, sorgo, milho e algodão, a Unidade Regional de Balsas da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) detectou um ataque inesperado de gafanhotos em uma propriedade rural na microrregião Gerais de Balsas. De 16 a 20, propriedades e revendas de agrotóxicos das regiões de Pé de Galinha, Serra do Penitente e Batavo também foram inspecionadas.
Devido à redução de chuvas no sul do Maranhão e suas consequências climáticas, o ciclo natural de insetos pode ter se antecipado, permitindo a reprodução destes por um período de tempo mais longo. Essa é uma das hipóteses estudadas, atualmente, pelos fiscais agropecuários da Aged para explicar o ataque de gafanhotos em uma propriedade rural da Gerais de Balsas. Com área total cultivada de 3.700 hectares e com 1.200 destes dedicado à plantação de milho, os gafanhotos já causaram prejuízos em 174 ha desta cultura, na fazenda Serra Branca.
Segundo o chefe da Unidade Regional de Balsas, Eugênio Pires, os proprietários relataram que várias aplicações de inseticidas foram feitas, mas ainda não se tinha alcançado um controle satisfatório dos insetos. “Os responsáveis técnicos pela fazenda já estão fazendo o controle e o monitoramento. Agora, eles vão aplicar Cipermetrina, um inseticida permitido, registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, explicou.
A nuvem de gafanhotos apareceu na área de difícil acesso da Serra Branca, na fronteira com o Tocantins, a mais de 300 km da sede do município. “Lá é uma serra isolada com apenas três fazendas nos arredores. Em uma ainda não se cultiva nada e as outras duas cultivam soja, milho e milheto. Não tem como essa praga, depois do controle com inseticidas, se espalhar para outras serras”, garante Eugênio.

Regional de Balsas
Além da propriedade Serra Branca, 29 propriedades rurais foram fiscalizadas, entre os dias 16 e 20. Os fiscais autuaram duas delas por armazenamento inadequado de agrotóxicos e descarte de embalagens vazias em desacordo com as orientações do fabricante; e ainda notificaram duas a devolver as embalagens vazias de agrotóxicos para a Central de Recebimento.
As fiscalizações de agrotóxicos também são realizadas em revendas a fim de verificar se a empresa possui o registro exigido para a venda desses produtos. Como resultado, uma revenda foi autuada por falta de registro e 37 kg de agrotóxicos foram apreendidos.