Os problemas enfrentados pelos 22.552 idosos araguainenses serão discutidos em audiência pública nesta quinta-feira, 25, na Câmara Municipal, das 14 às 18 horas. Segundo o Conselho Municipal do Idoso (CMDI), os principais problemas enfrentados pelas pessoas da terceira idade em Araguaína são a violência doméstica, doenças e deficiências.
"Fizemos um levantamento junto à Secretaria Municipal da Saúde e presidentes dos 188 bairros da cidade. Nele pudemos perceber as demandas que os idosos hoje têm para que possamos encontrar soluções junto à sociedade e governos", adiantou a presidente do CMDI, Maria José Pereira.
Durante a audiência ainda será discutida a criação de um lar-dia, onde os idosos poderão passar o dia e voltar para casa à noite, e a criação do Fundo Especial para o Idoso. "No projeto estão previstos atendimentos de saúde, cursos, atividades terapêuticas, danças e jogos, além de concursos, com a estrutura mantida pelos governos, sociedade e pelo fundo", adiantou a presidente.
Raio-X da terceira idade
O levantamento feito junto a 14.950 idosos em diversos bairros de Araguaína apontou que 13.225 são aposentados, 1.250 autônomos, 230 empregados e os outros 245 não têm renda comprovada. Sobre moradia, o levantamento traz que 7.800 moram em casa própria, 3.450 pagam aluguel, 2.276 em locais cedidos, outros 195 moram sozinhos, 475 com a família e 754 ficam em quartos ou outras moradias.
As doenças enfrentadas pelos idosos araguainenses são pressão alta (12.564), diabetes (6.793), colesterol (8.1230) e doenças do coração (3.700). Os idosos entrevistados durante o levantamento disseram apresentar quatro tipos de deficiências: física (3.425), visual (900), auditiva (2.466) e mental (34). Outros 27 idosos estão acamados.
Entre os entrevistados, 137 idosos apontaram que sofrem violência. 51 disseram que já foram violentados fisicamente e 86 sofrem violência psicológica.
Atendimento ao idoso
Hoje Araguaína possui três locais de atendimento às pessoas da terceira idade: Casa do Idoso, Cantinho do Vovô e Centro de Convivência do Idoso. De acordo com a presidente do CMDI, muitos idosos sentem falta de atividades regulares e sofrem com a solidão.
"Nosso objetivo com a audiência é discutir com a sociedade, com a exposição do projeto e com debates abertos ao público com perguntas e respostas. Nosso objetivo é ter o apoio da população para que os idosos pensam algo a mais que a morte", acrescentou a presidente Maria José.
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