Araguaína (TO) – A cidade de Araguaína possui 17 córregos e 117 nascentes no perímetro urbano. Este é o resultado da catalogação feita pela Prefeitura nos últimos três anos. O estudo se fez necessário para evitar novos assoreamentos e poluição e colocar em prática o projeto de despoluição e recuperação das nascentes. O próximo passo agora é fazer o levantamento do que vai ser utilizado na recuperação e buscar os materiais antierosivos necessários, além da educação ambiental.
Segundo o levantamento realizado pela Secretaria do Planejamento, Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, o maior problema dos córregos do Município é que eles estão todos ‘antropizados’, isto é, afetados por lançamentos irregulares de resíduos e lixos. Além disso, também existe a questão do assoreamento e deficiência na drenagem.
 
Diagnóstico
Nas 117 nascentes catalogadas, foram feitas marcações de GPS e localização, fotos com qualidade visual, logística e a análise dos problemas que cada nascente enfrenta, para se implantar um projeto efetivo da recuperação individual.
O diretor de Fiscalização e Monitoramento Ambiental, Aníbal Neto, informou que o projeto que os diagnósticos já estão prontos para serem divididos em etapas.
Por etapas, o projeto já possui três praticamente definidas, que são a comunicação social, a educação ambiental e a recuperação das nascentes.  A comunicação social informará o que está havendo com o lago, quais as atividades e ações que estão sendo realizadas, dando maiores informações sobre as nascentes ao público.
A educação ambiental visará à representação das nascentes, lançamentos irregulares e a fiscalização. E a recuperação das nascentes acionará o projeto com o monitoramento de mananciais hídricos e erosão e o puxamento do lago.

Desafio
As nascentes dentro do perímetro urbano não são o único problema. O lançamento de lixo e esgoto clandestinos nos córregos e nas ruas acabam por prejudicar a cidade em períodos chuvosos.  
Pela dimensão dos córregos de Araguaína, as nascentes precisarão ter 50 metros de proteção do raio nos olhos d’água, vertentes e no manancial em si. Geralmente, é preciso ter apenas 30 metros de área de proteção permanente (APP), o que será um desafio para a cidade em busca de qualidade de água.
“Hoje a gente sabe pelo diagnóstico quais são as nascentes, os locais que elas estão inseridas, quais os problemas que elas enfrentam e em cima disso a gente vai trabalhar no projeto que recupere definitivamente todas elas”, informa Aníbal Neto.
 
Outros projetos
A Prefeitura também apoia programas que estão vindo à parte. Como o projeto da ONG Naturativa que recuperou nascentes dos rios Jacuba, Jacubinha e Lontra, e também o Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), no qual foi possível recuperar 14 nascentes dentro do perímetro urbano do Tocantins.