PALMAS - O diretor de Desenvolvimento do Incra, César Aldrighi, admitiu irregularidades no Assentamento Serra de Taquaraçu, área rural de Palmas, e afirmou que providências já foram tomadas.
Segundo ele, a denúncia chocou qualquer cidadão. “Nós do Incra vimos a reportagem com muita preocupação, já que a área desse assentamento é acompanhada pelo instituto desde agosto de 2014. Um inquérito foi aberto e encaminhado para a Polícia Federal e para o Ministério Público e um servidor do Tocantins já foi afastado”, revelou o diretor.
A afirmativa de Aldrighi faz referência à denúncia feita pela equipe de reportagens investigativa do Canal Rural ao encontrar no Estado uma verdadeira farra dentro de assentamentos que deveriam ser controlados e fiscalizados pelo Incra.
No citado assentamento, conforme o portal, o servidor público Adão Odilon Filho foi beneficiado com terras ilegalmente. Além de não ser um agricultor de baixa renda, a esposa dele tem uma empresa com contrato com o governo para fornecer camisetas.
Aldrighi lembrou que, além do Tocantins, irregularidades também foram encontradas nos Estados de Goiás e no Pará, mas que medidas também já foram tomadas. “No Pará, a determinação da presidência do Incra é que seja feita a revisão ocupacional em todos assetamentos. Em Goiás, um lote já foi retomado e ainda existem 25 com irregularidades”, revelou o diretor lembrando que o Incra já retomou mais 177 mil lotes com alguma irregularidade.
Já o procurador da República Ailton Benedito Souza, que também participou da entrevista, enfatizou que uma pessoa que vende um lote de forma irregular pode responder pelos crimes de estelionato e invasão de terra pública. (Com informações do Portal Canal Rural).