Barbiero recebeu líderes indígenas Lenimar Werreria e João Werreria Karajá

O deputado estadual Alan Barbiero (PSB) usou a Tribuna da Assembleia Legislativa para cobrar medidas de assistência social e de saúde para os povos indígenas. Somente na etnia Karajá, na Ilha do Bananal, 53 jovens cometeram suicídio nos últimos anos. "Ontem mais um jovem tirou a própria vida, indígenas que estão morrendo por falta de perspectiva".
Ao explicar o requerimento, apresentando em regime de urgência, o parlamentar cobrou que a Secretaria Especial de Saúde Indígena do Governo Federal, Governo do Estado, Prefeituras e Assembleia Legislativa unam forças em torno dessa situação. "O poder público tem agido como se o problema não existisse. Parece que as comunidades indígenas não fazem parte do Tocantins e do nosso país", disse.
Os líderes indígenas, Lenimar Werreria e João Werreria Karajá, que estiveram reunidos com Barbiero, destacaram que atualmente mais de 3 mil indígenas vivem na região da Ilha do Bananal. Segundo eles, faltam iniciativas e apoio do poder público para a comunidade. "Não chegam as coisas para a gente, e quando chega é ruim. A educação para o indígena é ruim, a saúde é ruim, tudo muito diferente do que é levado para os não indígenas", ressaltou Lenimar Werreria.

Apoio para projetos
Barbeiro cobrou o apoio para três projetos de desenvolvimento social, econômico e de saúde que recebeu dos líderes indígenas. Um sobre uma oficina terapêutica, um para uma oficina de cerâmica e outro sobre roças comunitárias. "São projetos relativamente baratos que irão dar perspectivas para estes jovens indígenas e afastá-los do alcoolismo e das drogas que também são uma realidade em algumas aldeias. Eu vejo tantos eventos promovidos pelos nossos representantes que não tem esse apelo social e custam bem mais caro", questionou.
Ainda segundo o deputado, mesmo que a questão indígena seja de responsabilidade da União, e preciso que haja sensibilidade e união de todos nesta causa. "Não podemos deixar que mais jovens morram nas aldeias por falta de esperança, de uma mão do Poder Público", finalizou. (Com informações da Assessoria de Imprensa)