(PALMAS-TO) - A Associação dos Defensores Públicos do Estado do Tocantins (Adpeto) saiu em defesa do presidente da Seccional do Tocantins da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-TO), Ercílio Bezerra, que fez duras críticas ao Judiciário do Estado em entrevista. Segundo a nota da Adepto, as declarações foram “corajosas e veementes”.
Conforme a nota, Ercílio “buscou demonstrar e combater os indícios de corrupção no Poder Judiciário”. “Entendemos tratar-se de uma demonstração de repúdio a todos os fortes indícios que assolam especialmente a cúpula do Judiciário Tocantinense, o que infelizmente causa indignação em toda a sociedade”, afirma a nota da Adepto, assinada pelo presidente da associação, defensor público, Murilo da Costa Machado.
Machado diz ainda que “não é para se terem como absurdas as declarações do Presidente da OAB-TO”. “Posto que dos doze desembargadores quatro, ou seja, 33,33% da corte tocantinense encontram-se afastados por indícios de corrupção e outros três (25%) estão sendo acusados de nepotismo”, afirma a nota. “Infelizmente criaram-se neste estado relações espúrias que devem ser combatidas, seja em qualquer poder ou instituição, visto que a sociedade não mais suporta e admite tais práticas.”
O presidente da Adepto ainda afirma que espera que o recente criado no Tocantins Fórum de Combate a Corrupção, do qual o Poder Judiciário faz parte, apure com isenção e agilidade “todas as denúncias que comprometem a convivência republicana”.
“Nota Pública
A ASSOCIAÇÃO DOS DEFENSORES PÚBLICOS DO ESTADO DO TOCANTINS-ADPETO, vem a público declarar apoio ao Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Seccional Tocantins (Dr. Ercílio Bezerra) pelas declarações corajosas e veementes com que buscou demonstrar e combater os indícios de corrupção no Poder Judiciário.
A polêmica gira em torno de uma “generalização” que haveria sido cometida pelo eminente Presidente da OAB-TO, no entanto, entendemos tratar-se de uma demonstração de repúdio a todos os fortes indícios que assolam especialmente a cúpula do Judiciário Tocantinense, o que infelizmente causa indignação em toda a sociedade.
Não é para se terem como absurdas as declarações do Presidente da OAB-TO, posto que dos doze desembargadores quatro, ou seja, 33,33% da corte tocantinense encontram-se afastados por indícios de corrupção e outros três (25%) estão sendo acusados de nepotismo.
Aguardamos uma resposta imediata do próprio Judiciário Tocantinense, evitando-se maior desgaste da justiça local, do contrário, seria temerário ao processo democrático tocantinense.
Infelizmente criaram-se neste estado relações espúrias que devem ser combatidas, seja em qualquer poder ou instituição, visto que a sociedade não mais suporta e admite tais práticas.
Externamos aqui nosso respeito e admiração por grande parte da magistratura tocantinense, mas devemos tomar as declarações do Presidente da OAB-TO como apontadas àqueles que não comungam dos princípios republicanos.
Esperamos que o recente criado no Tocantins Fórum de Combate a Corrupção, do qual o Poder Judiciário faz parte, apure com isenção e agilidade todas as denúncias que comprometem a convivência republicana.
Murilo da Costa Machado
Presidente-ADPETO”
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