(Gurupi-TO) - Após uma denúncia anônima, o estudante do 10º período de Medicina da Fundação Unirg de Gurupi, Acácio Júnior de Almeida, 32 anos, foi preso nesse sábado, 6, no Hospital Municipal de Jaguaquara (BA).
De acordo com a delegada que está à frente das investigações, Maria do Socorro Damásio, o acadêmico está recolhido no presídio daquela cidade por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.
“Quando os policiais chegaram no Hospital Municipal de Jaguaquara onde ele estava clinicando foi confirmada a acusação. Ao ser questionado a respeito da irregularidade, ele não negou e não fez resistência ao mandado de prisão”, afirmou Maria do Socorro, acrescentando que o estudante estava na ativa usando o nome do médico Daniel Rui Diniz dos Santos em uma carteira com sua foto.
Em seu depoimento, Acácio afirmou que estava exercendo a profissão, antes de ter concluído o curso, porque passava com problemas. “Ele, que é muito educado e não tem antecedentes criminais, contou que a família passa por problemas financeiros”, relatou a delegada.
Ela contou ainda que a unidade de saúde não tinha conhecimento na irregularidade. “O hospital acreditava que se tratava realmente do médico Rui. Vamos apurar como ocorreu a contratação sem que fossem apresentados os documentos exigidos por lei”, ressaltou.
No entanto, ainda conforme a delegada, Rui tinha conhecimento do exercício ilegal da profissão de Acácio. “Está previsto para sexta-feira [12] o depoimento do doutor Rui”, afirmou.
Ministério Público
Segundo ela, na quinta-feira, 11, será feita uma representação contra Acácio junto ao Ministério Público de Jaguaquara. “O órgão vai se pronunciar a respeito do caso, um juiz [que ainda não é conhecido] vai definir o valor da fiança e ele vai pagar para responder o processo em liberdade”, explicou Maria do Socorro, lembrando que o estudante vai responder pelo crime de falsidade ideológica.
Como Acácio não cometeu nenhuma irregularidade na Unirg, conforme a delegada, pode frequentar a instituição. “A vida acadêmica dele vai correr normalmente, mas quem vai decidir é a unidade de ensino superior do Tocantins ”, disse. Até o fechamento da edição a instituição não se pronunciado.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14751
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