PALMAS - O Mapa da Corrupção, dispositivo da Procuradoria da República no Tocantins (PRE), aponta que 57 municípios do Estado desviaram o montante de R$ 158.736.549,87. No total, são 145 processos levantados pelo órgão contra prefeitos, ex-gestores e empreiteiras. Palmas lidera no número de ações, 26, e no valor questionado pela Justiça, somados em R$ 119.785.842,24 - 75,5% do montante. Os números são lembrados no Dia Internacional Contra a Corrupção.
Na Capital, o processo com maior valor é referente a desvios na pavimentação do Jardim Aureny III, ainda de 2009. A Justiça requere a quantia de R$ 31.950.315,90. Entre os réus da ação estão gestores e empresários, sendo citado também cinco construtoras: CLS, Nacional Construção, Centro Minas, Coesa e Conterpav.
Arraias surpreende com apenas um processo, ser questionado pelo desvio de R$ 10.568.203,74. É o segundo maior montante entre os municípios. A ação é referente à fraude à extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Nos réus estão o fazendeiro Carlos Roberto Meireles, o agropecuárista Roberto Carlos Meireles, e a empresa Cajuasa Caju de Arraias. A matéria tramita desde 2009.
Em relação ao número de processos, atrás de Palmas aparecem Araguatins e Itaguatins, ambos com dez. Em seguida surgem Silvanópolis, com seis; Mateiros e São Sebastião, cinco cada; e Lizarda e Ponte Alta do Tocantins, os dois com 4.
Em relação à quantia questionada pela Justiça, logo depois de Palmas e Arraias, vem Araguatins, somando R$ 7.076.258,13, em dez ações; Gurupi, com R$ 2.972.475,96 em três processos; Formoso do Araguaia, alcançando R$ 2.950.137,00, em uma ação; Miranorte, com R$ 1.622.097,94, em dois processos; São Sebastião, atingindo R$ 1.325.854,24, em cinco processos.