O Dia do Ferroviário é comemorado em todo o país, nesta quinta-feira, 30 de abril. A data remete à inauguração da primeira linha ferroviária do Brasil, a Barão de Mauá, em 1854, quando a maior parte das ligações entre as cidades ainda se dava por trem, instituindo à profissão status de elite e de grande relevância.
Com 30 mil quilômetros de ferrovias, responsáveis, hoje, por 25% da matriz de transportes do país – percentual que deve passar para 35%, até 2025, segundo planos do governo federal –, o Brasil e suas dimensões continentais precisam, mais do que nunca, da força dos trilhos e dos profissionais que atuam nesse setor para integrar-se e, principalmente, escoar sua produção.
A VLI, uma das principais empresas de logística integrada do Brasil, com ferrovias, portos e terminais terrestres, reúne, entre os mais de seis mil empregados espalhados pelo país, histórias interessantes de quem dedica a vida aos trens. A rotina de pessoas como o maquinista Rômulo Abreu, cuja vida deu uma guinada de 180º graus, quando decidiu tentar uma vaga como oficial de operação ferroviária, na Ferrovia Norte Sul. Ele, natural do município de Estreito, até então vendedor de lojas varejistas, sem qualquer tradição ou contato com ferrovias, abraçou a nova profissão há quase dez anos.
Depois de trilhar o passo a passo da carreira, chegou a maquinista de vagão e, hoje, a bordo de uma locomotiva, chega a conduzir trem de até 160 vagões, algo em torno de 3.200 Kms de extensão de equipamento. Esse trem chamado de locotrol é puxado, no total, por quatro locomotivas, dividindo a cada duas máquinas 80 vagões. É considerado o maior trem de grãos do Brasil.
A responsabilidade é muita e Rômulo Abreu tem a perfeita noção do seu papel para a contribuição da logística do país: “Transportamos grãos, celulose, combustível, atravessamos o Estado levando as riquezas do Brasil”, afirma. Mesmo sozinho na locomotiva, o trabalho é intenso. Na cabine, painel de comando e manches são compartilhados com o Centro de Operações da VLI, localizado em Belo Horizonte: “Aqui tudo é controlado via satélite, inclusive sou condicionado a fazer alguma operação a cada dois minutos para caracterizar a minha presença. Caso contrário, a máquina dispara um alarme para que eu sinalize e ela entenda que está tudo certo. Uma ação de segurança preventiva”, diz.
Trabalhar em ferrovia não se restringe ao ofício de maquinista e, em se tratando dessa área, existem outras atividades da mesma importância. O ferroviário Ademar Franco Júnior, maquinista de pátio, é responsável pelas manobras do trem nos limites de área operacional. Para ele, trabalhar em ferrovia tem que ter paixão: “É uma profissão dinâmica, que exige conhecimento específico, razão pela qual participamos de muitos treinamentos, e que você tem que se apaixonar pela grande responsabilidade e dedicação exigidas”, afirma ele, acrescentando que estas condicionantes são rápidas de se adquirir quando se trabalha em ferrovia: “O trabalho é envolvente e empolgante. Fica difícil não se apaixonar”, conclui.
Sobre a VLI
A VLI é empresa de logística de carga geral que tem o compromisso de gerar valor ao negócio dos seus clientes por meio de serviços logísticos que integram portos, ferrovias e terminais. A VLI engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). A bordo de uma frota de mais de 600 locomotivas e 13 mil vagões, a VLI transporta as riquezas do Brasil, passando pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
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