A Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) iniciou, nesta semana, as ações de vistoria e recadastramento de estabelecimentos de revenda de aves vivas em todo o estado. Na Unidade Regional Balsas, três estabelecimentos foram inspecionados e cadastrados pelos médicos veterinários da Agência, no dia 25, a fim de garantir o controle sanitário das aves que chegam às revendas e de verificar se estas têm a estrutura adequada para manter os animais.
Segundo revela a responsável pelo Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) da Aged, Daniela Póvoas, o recadastramento faz parte das ações de rotina previstas no programa. Este ano, o diferencial é que ele também servirá para a atualização dos dados referentes à avicultura no Sistema de Integração Agropecuária (Siapec). Pelo programa será possível acompanhar, em tempo real, a entrada, a origem e o trânsito de aves no estado.
“Nosso objetivo é ter disponível as informações sanitárias de todas as cadeias produtivas. No caso da avicultura, precisamos estar em dia com a tecnologia porque ela cresce cada dia mais, não só no Maranhão, mas no Brasil. Hoje, o Brasil é o maior exportador de frango, então, temos de estar cada vez mais preparados para conduzir essa cadeia, com a qual se pode oferecer proteína para todas as classes sociais”, destaca o presidente da Aged, Sebastião Anchieta.
Após a divulgação, em abril deste ano, pelo governo estadual, do Plano de Industrialização da Avicultura, a Aged, a Associação de Avicultores do Maranhão (Avima) e as secretarias de Indústria e Comércio (Seinc) e Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) assinaram termos de compromisso para fortalecer a fiscalização e a defesa agropecuária no setor.
Alerta aos proprietários
Durante o recadastramento das revendas de aves vivas, os médicos veterinários da Aged orientam os proprietários quanto às exigências sanitárias e a necessidade de apresentar cópias da Guia de Trânsito Animal (GTA) da chegada de aves até 72h após o recebimento dos animais. “Estamos alertando os donos dessas revendas sobre os possíveis agravos sanitários que podem acontecer caso um estabelecimento tenha uma mortalidade de aves maior que 10%. Em um caso desses, a Aged inicia uma investigação epidemiológica e realiza exames para saber o que está acontecendo, enquanto o estabelecimento fica em quarentena”, explica Daniela Póvoas. (Seane Melo)
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