João Lisboa – Aconteceu na manhã de segunda-feira (14), na Câmara Municipal, mais uma audiência sobre segurança pública. Devido à onda de violência registrada nos últimos dias, a Câmara de Vereadores realizou a audiência com o objetivo de discutir a segurança pública na cidade.
Estavam presentes os vereadores Arcanjo Lima, Roni Marcelino, João Filho, Val da Saúde, Evaldo Seledor, João Menezes, Junior Holanda, as vereadoras Val Mota e Maria do Sindicato. O Major Antonio Markus, do 3º Batalhão da Polícia Militar, o delegado regional Assis Ramos, o delegado de João Lisboa, Dr. Jackson, o ex-prefeito Dr. Sálvio Dino, a secretária de Assistência Social, Edna Maria, os secretários de Administração e Articulação Política, Evilasio Seledor e Gilmar, respectivamente. Além dos representantes do Banco do Brasil e BRADESCO, o sindicalista Cosmo Rodrigues e a população joãolisboense.
A iniciativa foi do vice-presidente Nego da Edna que teve apoio de todos os vereadores, em uma reação às ocorrências como as explosões de caixas eletrônicos do Bradesco, Banco do Brasil e ataque a tiro contra a Delegacia de Polícia Civil e os constantes assaltos a comércios e agência dos Correios.
Nas duas primeiras semanas de abril, foram registrados três homicídios e duas tentativas com uso de arma de fogo, além do ataque a delegacia e ainda a explosão de caixas eletrônicos do Bradesco e do Banco do Brasil. O crime mais recente foi o ataque contra a agência do Banco do Brasil na madrugada do dia 10.
Autoridades se posicionaram sobre a problemática na área de segurança utilizando a tribuna da Câmara.
O presidente da Câmara, Francimar Carvalho, parabenizou rodos os vereadores por estarem unidos para solucionar a problemática da segurança no município. “Esta audiência está sendo importante não por estarmos discutindo somente os problemas e sim buscando soluções. Sem atribuir culpa, mas buscar soluções. A segurança pública é institucionalmente prerrogativa do estado. O legislativo está unido para buscar junto ao governo municipal, estadual o melhor para todos de João Lisboa. Pois temos que solucionarmos a problemática da segurança do nosso município. Diante de tudo agradeço a presença de todos”.
 A promotora de Justiça Maria José enfatizou que a polícia Militar e Civil não tem logística e o efetivo é pouco. “Os policiais estão sem condições efetivas de prestarem a segurança que o cidadão necessita e que de fato eles têm direito. De uma forma de sustentação que possam agilizar seus trabalhos. Temos uma grande deficiência tanto na Polícia Militar quanto na Polícia Civil para que possam cumprir fielmente seus trabalhos. O que acontece hoje são pessoas que dão o seu máximo para que o mínimo possa acontecer, pessoas preparadas e no entanto os faltam a logística necessária para dar continuidade aos trabalhos exigidos pela sua função”.
“Temporariamente, o 14º Batalhão está em funcionamento em João Lisboa. O prefeito Jairo Madeira nos indagou sobre a possibilidade do funcionamento efetivo na cidade, no entanto a cidade de Imperatriz vai ser o único município a ter dois Batalhões. Isso já tinha sido definido até mesmo com a doação de uma área do município para a instalação do Batalhão”.
O Comandante do 14º BPM, Major Ventura, enfatizou as medidas que serão tomadas após os episódios ocorridos na cidade de João Lisboa. “Vamos trabalhar com duas viaturas, aumentar o contingente de 4 para 10 policiais. Vamos criar um disk denúncia local, com um telefone na viatura e outro na companhia onde os casos da cidade não precisarão ir para a central de Imperatriz. O novo Batalhão terá cerca de 40 policias para realizar um efetivo de 10 policiais para a cidade. Estaremos recebendo no dia 25 de abril cinco viaturas novas. E assim vamos agilizar os trabalhos na segurança tanto em João Lisboa quanto nas cidades circunvizinhas”, enfatizou o Comandante do 14º Batalhão, Major Ventura.
O delegado regional Assis Ramos enfatizou a problemática na falta de pessoal para atender à demanda. “Antes tínhamos 26 delegados, hoje temos apenas 16”.
“Esta audiência está ocorrendo pela reivindicação da população. A comunidade nos procurou e nós levamos o problema ao prefeito. No entanto, precisamos que o Ministério Público nos ajude para que juntos possamos buscar o melhor para a nossa cidade. Major está aqui para colaborar no que for preciso para agilizar os trabalhos da segurança pública. Parabenizo o ex-prefeito Sálvio Dino pelo seu brilhante discurso. Que a população que está presente nesta audiência possa levar a toda a população que a Câmara de João Lisboa está  preocupada com a problemática da segurança em nossa cidade”, disse o vice-presidente Nego da Edna.
O prefeito Jairo Madeira parabenizou a Câmara por ter tido essa iniciativa de realizar uma audiência pública para debater a problemática na segurança, que é um problema nacional, estadual e agora municipal. “Quero dizer a todos que estou muito preocupado. Antes mesmo destes acontecimentos, estive na Secretaria de Estado de Segurança, no Batalhão, expondo as necessidades do nosso município. Quero fazer um apelo ao Major Ventura, que este 14º Batalhão ficasse aqui definitivamente. O município tem realizado toda a parceria necessária para que a cidade possa ter segurança. Estes episódios negativos ninguém esperava que pudessem acontecer em João Lisboa. Mas um dos grandes problemas é a venda de drogas, que potencializam os roubos no comércio local e criam uma falsa impressão de insegurança no município. A polícia tem que fazer seu trabalho preventivo e protetivo. Eu acredito no trabalho da polícia, mesmo com toda a problemática encontrada para atuar de forma efetiva. Digo à população joãolisboense que irei trabalhar incansavelmente junto ao Legislativo, ao Ministério Público, à Polícia Civil e à Polícia Militar até encontrar meios para solucionar os problemas na área da segurança pública ora ocorridos em nossa cidade”. (Regivaldo Alves)