São Luís - O Maranhão encerra o ano de 2011 com uma avaliação extremamente positiva em relação aos setores da indústria, agronegócio, comércio e serviço. A avaliação é do secretário de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo. Ao longo de 2011, diversos empreendimentos deram a largada nas suas obras de implantação como exemplos, a fábrica de Celulose da Suzano Papel e Celulose, em Imperatriz; a termelétrica da MPX, em Santo Antônio dos Lopes; a fábrica de óleo de soja da Algar, em Porto Franco; e a fábrica de aços planos da Dimensão, em São Luís.
“Eu diria que 2011 foi um ano muito positivo para o Maranhão. Tivemos a consolidação e o início de implantação de grandes empreendimentos, alguns já em operação, como a Hidrelétrica de Estreito e outros em fase final de conclusão”, observou Macedo.
O secretário destacou, ainda, a retomada das obras de terraplanagem do gigantesco projeto da Refinaria Premium I, da Petrobras, em implantação na cidade de Bacabeira e a fase final de conclusão da Termelétrica da MPX, em São Luís, com previsão de inaugurar no primeiro semestre de 2012. A obra da refinaria, projeto de quase U$ 20 bilhões, foi retomada em julho, depois de um extenso período chuvoso.
A Dimensão, empresa maranhense, iniciou em maio a construção de uma fábrica de aços planos, em São Luís, um empreendimento de R$ 160 milhões que conta com incentivos do programa ProMaranhão, gerido pelas Secretarias de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc) e de Fazenda (Sefaz). Parte dos recursos é financiada pelo Banco do Nordeste. A fábrica produzirá derivados de aço (perfis, chapas, tubos e outros) com produção total de 240 mil toneladas por ano. Cerca de 300 empregos são gerados na fase de implantação e, na fase de operação, a expectativa é gerar mais 250 empregos diretos e 750 indiretos. A OXG e a Petrobras, entre outras empresas, continuam com prospecção de petróleo e gás também nas bacias marítimas do litoral maranhense (PA-MA e Barreirinhas).

Energia

No setor de energia, Macedo ressaltou os avanços da prospecção de reserva de gás natural na Bacia do Parnaíba, pela OGX, o que fez com que o grupo duplicasse o seu projeto de construir uma termelétrica em São Antônio dos Lopes. “A termelétrica da MPX já iniciou a construção de um complexo de térmicas a gás natural de 1.500 WM. A meta é dobrar”, frisou o secretário.
A energia de biomassa também é outra novidade na matriz energética do estado. Em setembro, o Governo do Estado assinou protocolo de intenções com a Suzano Energia Renovável - do grupo Suzano - para implantar uma fábrica de pellets de eucalipto no município de Chapadinha. São investimentos previstos da ordem de R$ 1 bilhão que vão gerar dois mil empregos diretos e cerca de oito mil indiretos, com previsão de entrar em operação a partir de 2013.
No entanto, a novidade mais recente é a geração de energia eólica, da qual o Maranhão passa a fazer parte. A Bioenergy, empresa pioneira em energia limpa no Brasil, anunciou em dezembro a construção do primeiro parque eólico do estado nos municípios de Tutóia e Paulino Neves. Com o início das obras a partir de 2012, o parque eólico será implantado por etapas, com capacidade inicial para gerar, neste primeiro momento, 230 MW até 2014 e investimentos da ordem de R$ 900 milhões. Cerca de 300 empregos diretos serão gerados na obra, podendo chegar a 2.000 quando atingir o pico, previsto para 2013 e 2014, nos dois municípios onde será instalado o empreendimento.
“A geração de energia é um mercado em ascensão no Brasil e o Maranhão é um estado atrativo para os investidores em razão do seu potencial. O bom de tudo é que é energia limpa. Por isso eu costumo afirmar que o Maranhão tem tudo para ser um estado de energia renovável”, afirma Macedo.

Perspectivas

Para 2012 os bons ventos vão continuar soprando para o Maranhão. Diversos empreendimentos serão concluídos em 2012 como a termelétrica da MPX, em São Luís; fábrica de cabos de alumínio do Grupo Brascopper; a fábrica de cimentos da Votorantim; a refinaria de óleo de soja da Algar Agro (Porto Franco); a Siderúrgica Integrada Gusa Nordeste Aciaria e Laminação, em Açailândia; e a Dimensão Indústria de Aços Planos (São Luís). “Todos os grandes projetos tem um tempo de maturação, do início à operação. Em 2012 vamos ter uma continuidade de vários projetos, alguns iniciarão a operação. A Secretaria de Indústria e Comércio também irá busca de novos investimentos para o nosso estado”, disse Macedo.
O Maranhão, que a exemplo dos outros estados nordestinos vive um processo de crescimento econômico, teve consolidado diversos empreendimentos que iniciaram a implantação ou estão em ritmo intenso em obras ou em implantação. Com uma carteira que já ultrapassa a casa dos R$ 100 bilhões, o estado detém na atualidade um dos maiores volumes de investimentos do Nordeste, dos quais mais de R$ 85 bilhões provenientes de grandes grupos privados nacionais e estrangeiros, distribuídos nos diversos municípios maranhenses.

Capacitação e investimentos

Para o secretário de Indústria e Comércio, o Maranhão continuará a crescer e colherá os frutos de longo prazo do processo produtivo. Todos estes empreendimentos geram milhares de empregos. Com o objetivo de preparar a mão de obra maranhense para ser absorvida pelos grandes investimentos, em maio, o governo lançou um grande programa de qualificação profissional - O Programa Integrado de Educação Profissional - Maranhão Profissional já matriculou mais de 91 mil alunos, em 475.679 cursos, de acordo com o balanço realizado no período de maio, data do lançamento da iniciativa, até o mês de dezembro.
Como cumprimento de uma de suas metas de descentralizar os investimentos no estado, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc) investiu, em 2011, mais de R$ 4 milhões na implantação de novos distritos industriais e revitalização dos já existentes. Atualmente, existem distritos em São Luís, Bacabal, Imperatriz e Grajaú - os dois últimos concluídos este ano. Em implantação estão os distritos industriais de Aldeias Altas e Balsas. Já os distritos industriais de Timon, Santa Inês, São José de Ribamar e Santa Rita estão em fase de estudos. (Franci Monteles)