Professores do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro de Ciências Tecnológicas - CCT da Universidade Estadual do Maranhão desenvolvem ventilador, que pode auxiliar na respiração temporária de pacientes com dificuldades respiratórias causadas pelo (COVID-19) ou por outros estados clínicos de emergência onde não se tem ventiladores mecânicos convencionais disponíveis.
O projeto foi idealizado pelos professores  José Ribamar e Valdirson Pereira, em parceria com a empresa Fluidcom e Ighor Caetano (Docente Senai) e seu uso também é indicado para situações nas quais o reanimador manual, conhecido como Ambu, é recomendado, conforme indicações médicas.
O Ventilador Auxiliar Temporário foi projetado a partir do laboratório de Pneumática e Hidráulica da [UEMA] e montado com a empresa Fluidcom.
É um equipamento portátil, de fácil manuseio, projetado para 6 kg, de baixo custo em relação a respiradores convencionais (30 vezes mais barato em relação a modelos mais em conta) e que funciona sob princípios mecânicos de um sistema pneumático. O aparelho tem dimensões de 40x30x20 cm e podem ser fabricadas até 25 unidades em uma semana.
Para funcionamento, sua versão analógica necessita apenas de uma alimentação de ar sob pressão para o sistema e uma fonte de Oxigênio que vai ser bombeado através do Ambu e transferido para o paciente. Já a sua versão digital, em acréscimo, necessita de uma fonte de alimentação elétrica de 12 ou 220 Volts, dependendo do local de instalação.
De acordo com o professor José Ribamar, coordenador da iniciativa, o uso deste ventilador mecânico pode ser feito em ambiente clínico crítico para tratamento de pacientes com (COVID-19), uma vez que , segundo pesquisas, o número de ventiladores tradicionais no Brasil, em relação ao número de habitantes, se encontra escasso.
Com isto, o professor acrescenta, que é importante ter uma opção secundária confiável e eficiente, principalmente em um período em que se precisa buscar alternativas para salvar vidas diante da escalada crescente de casos da (COVID-19). Além de poder ser utilizado em diversas situações dentro de hospitais e ambulâncias.
O dispositivo criado permite ao médico, enfermeiro ou fisioterapeuta ligar e desligar o Ambu automatizado em caso de emergência e permite realizar alguns ajustes como controlar a pressão de alimentação do sistema, realizar ajustes na frequência de bombeamento do Ambu, na força e nível do bombeamento. Dessa forma, permitindo aumentar ou diminuir o nível de oxigênio ou da mistura bombeados para o paciente.
"É um projeto robusto e confiável e seu protótipo já está em análise para que seu uso seja permanente/contínuo e possa seguir todas as recomendações médicas, de acordo com as limitações e indicações para cada paciente", finalizou o professor.
O Ventilador Auxiliar Temporário está sendo testado e acompanhado pela Secretaria de Estado de Saúde - (SES).
Além da empresa Fluidcom, o projeto agradece ao apoio da [UEMA] através do Reitor Gustavo Costa, Vice-Reitor Walter Canales , Centro de Ciências Tecnológicas, e colaboradores Carlos Ronyelton, Thiago Aguiar Santos,  Flavio Nunes e Ayrton Frazão.