Moradores dos municípios de Araguatins (TO) e Palestina (PA) mantêm interditada a Transamazônica, nas imediações da ponte sobre o rio Araguaia, protestando contra a situação caótica de 12 Km da estrada. Já se vão mais de 20 anos que o trecho não foi asfaltado, no município da Palestina. E não existe previsão para que a obra seja feita.
São 12 quilômetros de verdadeiro inferno para o motorista que utiliza a rodovia, saindo do Pará, com destino ao Estado do Tocantins e vice-versa. E para as populações das imediações, tanto de Araguatins como de Palestina.
Em todos esses anos, o Dnit, órgão responsável pela recuperação e qualificação das rodovias federais, tem encarado a situação com total desinteresse, oferecendo à opinião pública as mais variadas desculpas para justificar o injustificável.
A interdição da rodovia vem ocorrendo quase todos os anos, com os moradores e os motoristas tentando sensibilizar as autoridades para o grave problema.
Em 2013, a rodovia ficou bloqueada do dia 25 a 31 de julho. Uma comissão composta por moradores, vereadores de Palestina e Brejo Grande do Araguaia-PA e deputados federais, se reuniram na sede nacional do DNIT, com o diretor geral do órgão, Jorge Ernesto Pinto Fraxe, que se comprometeu a iniciar os trabalhos de pavimentação em 40 dias. O prazo venceu dia 10 de setembro e nenhuma máquina apareceu.
Agora a população volta a se revolta e interdita, mais uma vez, a rodovia. "O problema, em verdade, persiste pela falta de representatividade política do Estado do Pará. Um estado que elege, a cada quatro anos, 17 deputados federais e mantém três senadores no Congresso Nacional totalmente alheios a uma demanda que exige tão-somente viabilizar recursos para pavimentar 12 km de uma das rodovias mais importantes do país", comentou o jornalista Hiroshi Bogéa, de Marabá. Para ele, é uma "representação política" que sumariza a decadência, o colapso, a ruína.
Publicado em Regional na Edição Nº 15742
Comentários