São Luís - Durante reunião com empresários na Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), dia 27, a governadora Roseana Sarney assinou um termo de cooperação técnica para o desenvolvimento da produção de cachaça do Maranhão. O crescimento do segmento de bebidas no Maranhão é notório, o estudo "Perfil da Indústria por Estados", lançado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o segmento de bebidas foi o que mais cresceu entre 2007 e 2011, saltando de 9,1% de participação no Produto Interno Bruto Industrial para 16%.

O secretário de Estado de Indústria e Comércio, Mauricio Macedo disse que o Maranhão é um grande produtor de cachaça, mas que essa produção ainda acontece em sua maioria de forma clandestina, fora de controle. "A ideia é que a gente desenvolva um centro de tecnologia com a Fiema para que eles possam ser treinados e capacitados e tenham facilitada sua vida com créditos bancários, licenças ambientais, enfim, identificar os gargalos dessa cadeia para que se possa desenvolver esse segmento que é muito importante e que emprega milhares de pessoas", disse.
Para Alberto José Almeida, sócio da empresa Vale do Riachão - Cachaça do Maranhão, sediada em Sucupira do Riachão, a assinatura do termo de cooperação é um grade avanço para quem trabalha com esse produto.  Ele também destacou que a cachaça maranhense é um produto de grande expressão, mas a informalidade é muito grande. "A nossa fábrica é a segunda fábrica do Maranhão regularizada. Então esse termo de cooperação técnica vai estimular que os produtores informais se tornem formais, sendo que isso representa um incremento na geração de emprego e renda", disse José Almeida.
A empresa, segundo ele, tem hoje uma produção de 120 mil litros/ano. "Esse incentivo é muito importante para crescermos e para o amadurecimento do setor da cachaça no Maranhão", completou. 

Dia da Cachaça - 13 de setembro poderá ser a data oficial do Dia da Cachaça segundo projeto de lei que aguarda aprovação na Cãmara dos Deputados, de onde seguirá para apreciação no Senado Federal e se aprovado, seguirá para sanção presidencial. Mas se perguntarem ao mais comum dos brasileiros, qual é o Dia da Cachaça, da pinga ou da birita, não vai faltar quem diga que todo dia é dia. A branquinha  como também é conhecida depois de ganhar o Brasil, conquista consumidores na Europa, nos EUA, Austrália e até Nova Zelândia. A data, 13 de setembro, já aprovada na Comissão de Educação da Câmara, foi escolhida segundo o deputado e autor do projeto Valdir Colatto (PMDB-SC) porque nesse dia durante o ano de 1661, aconteceu no interior do estado do Rio de Janeiro, a "Revolta da Cachaça" quando produtores de cana-de-açúcar promoveram uam rebelião na tentativa de derrubar decreto da Corte Portuguesa que proibira seu comércio. Um dos maiores símbolos brasileiros tem produção anual de um bilhão de litros, mas apenas um por cento é exportada. A luta, afirma Colatto, é pelo reconhecimento da cachaça no mercado internacional como bebida exclusivamente brasileira. 
Segundo o SEBRAE, o Maranhão possui 450 alambiques que produzem anualmente 5 milhões de litros de cachaça. Desses a região conhecida como Sertão maranhense produz pouco mais da metade, 2,6 milhões de litros. O gragalo da produção reside na informalidade já que apenas 5 empresas produtoras estão legalizadas.