Bairros que pertencem às zonas rurais I e II de São Luís estão passando por uma análise sobre as condições de ruas e avenidas. O objetivo é recolher dados que possibilitem a elaboração de projetos para solucionar entraves que dificultam e até impedem o trânsito de veículos e de pedestres nas regiões.
O levantamento está sendo realizado pelo Governo do Estado, por meio da Agência Executiva Metropolitana (AGEM), e abrange aproximadamente 70 comunidades da área rural, ou seja, que fazem parte do território municipal em que predominam atividades econômicas primárias, com potencial agrícola, pecuário, aquícola, pesqueiro, extrativista e agroindustrial. O estudo está dividido em etapas. "Agora, por exemplo, realizamos o levantamento em cerca de 10 localidades, com um total de 54 ruas", contabiliza o presidente da AGEM, Lívio Jonas Mendonça Corrêa.
Ele revela que o diagnóstico está sendo realizado para subsidiar ações para melhoria da infraestrutura das áreas em questão. Por conta disso, para viabilizar os trabalhos, inicialmente, foi realizada uma reunião com representantes das diversas comunidades das duas zonas rurais. "Foi a partir de informações primárias dos moradores que pudemos começar a organizar as ações, que levaram à atual etapa, ou seja, a este diagnóstico", explica o presidente.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Luís, Sigisnando Rodrigues Lima, a iniciativa vem atender demandas antigas, visto que a carência em infraestrutura nos bairros da região é um fator problemático que acaba gerando outros tipos de situações, como a insegurança. "Muitas vias estão intrafegáveis e, em outras, os veículos circulam com muita dificuldade. Então, fica quase impossível que viaturas possam fazer a vigilância", afirma ele, que destaca, ainda, a complexidade no atendimento de saúde. "Para muitas ambulâncias, é praticamente impossível se deslocar na região das zonas rurais".
Metodologia
Os técnicos da AGEM fazem uma pesquisa exploratória na região para melhor conhecimento da zona rural, o que inclui levantamentos físicos e fotográficos, medições e análises de dados, além do levantamento bibliográfico e da legislação existente sobre o tema.
As demandas das comunidades estão, também, sendo consideradas. "É fundamental este diálogo, pois é quem vive o cotidiano que sabe melhor as reais demandas locais", explica Lívio Corrêa, que revela, ainda, que todas as visitas são feitas com acompanhamento de representantes das localidades.
Ações
Realizados os levantamentos, a Agência Executiva Metropolitana irá apontar alternativas e propostas inseridas em um planejamento específico para melhoria da urbanização e acesso aos serviços essenciais da população residente nas áreas. "Serão melhorias graduais, pois há diversos problemas que se acumularam por décadas. Então vamos eleger prioridades", esclarece o presidente da AGEM.
Lívio Corrêa ressalta, ainda, que, depois de levantadas, as problemáticas serão encaminhadas aos órgãos responsáveis. "Alguns entraves serão resolvidos por meio de projetos da própria Agência Executiva Metropolitana, mas trabalhamos em parceria com as outras secretarias estaduais, de acordo com as demandas", explica.
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