A Suzano divulgou os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020 (1T20). O período foi marcado por uma forte demanda por celulose, movimento que proporcionou recorde histórico no volume de vendas para primeiros trimestres e a redução nos estoques da companhia em cerca de 500 mil toneladas. Com isso, o nível estocado atingiu sua normalização.
Foram comercializadas 2,9 milhões de toneladas de celulose entre janeiro e março, volume semelhante ao registrado no último trimestre de 2019 (4T19) - caracterizado sazonalmente como o mais forte da indústria. Quando comparado ao mesmo período do ano passado (1T19), o volume apresentou alta de 65%.
No segmento de papel, as vendas somaram 268 mil toneladas, leve retração ante o primeiro trimestre do ano passado. Com isso, de forma consolidada, a Suzano comercializou 3,1 milhões de toneladas celulose e papéis e atingiu receita líquida de R$ 7 bilhões entre janeiro e março.
O ritmo acelerado de vendas de celulose, a queda no custo de produção e a condição de empresa exportadora - que se beneficia da desvalorização do real frente ao dólar -, contribuíram  para que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingisse R$ 3 bilhões e a geração de caixa operacional somasse R$ 2,3 bilhões. Ambos os resultados são superiores na comparação com o 4T19 e o 1T19.
"Esses números demonstram a resiliência da companhia a momentos de crise e são consequência da forte competitividade e ampla presença global da Suzano, de nossa condição financeira robusta e da gestão sistêmica adotada frente à pandemia da COVID-19", afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.
O custo caixa de produção de celulose, excluindo o efeito de paradas programadas, novamente apresentou desempenho positivo, beneficiado cada vez mais pelas sinergias e pelo melhor desempenho operacional. O indicador ficou em R$ 596 por tonelada, queda de 6% versus o 4T19 e 11% menor frente ao 1T19.
Por outro lado, o mesmo fator cambial, que beneficia o aumento da receita e da geração de caixa, gera também um impacto contábil negativo de aumento, principalmente, no saldo da dívida contratada em dólar, quando convertida para reais. Esse efeito, contudo, tem natureza meramente contábil, não caixa, uma vez que está associado a dívidas com vencimento de longo prazo. Em função desse efeito cambial, a companhia apurou um resultado líquido negativo de R$ 13,4 bilhões no primeiro trimestre.

Coronavírus
Em função do cenário gerado pelo avanço do coronavírus ao redor do mundo, a Suzano anunciou a redução no Capex de 2020 de R$ 4,4 bilhões para R$ 4,2 bilhões. A decisão não altera, contudo, a competitividade da companhia, o foco dado à saúde e segurança de seus colaboradores e parceiros e à qualidade dos produtos e serviços oferecidos a seus clientes.
Desde o início do agravamento da crise, a Suzano adotou um conjunto de medidas operacionais e administrativas para apoiar funcionários, parceiros, e a sociedade, além de  garantir a continuidade de seus negócios, essenciais neste momento de isolamento social. Entre as ações, a companhia destinou R$ 50 milhões para auxiliar no combate à propagação da COVID-19 e na preservação da vida de pessoas em tratamento. (Assessoria)