Com o objetivo de diminuir os gastos de energia, o segundo maior em faturamento de padaria, o Sindicato de Panificação e Confeitaria de Imperatriz (Sinpacimp) reuniu na quinta-feira (04), no auditório da Federação das Indústrias do Maranhão (FIEMA), em Imperatriz, associados e membros do sindicato para assistirem a palestra sobre Energia Solar Fotovoltaica, a Energia do Futuro.  O tema é muito pertinente para o ramo alimentício, uma vez que elimina as despesas com as contas de energia elétrica.

O palestrante e desenvolvedor da iniciativa, José Maia, falou sobre o objetivo do projeto. "Apresentamos para o ramo de panificação a possibilidade de uma minigeração de energia solar, por meio de um financiamento específico do BNDES. No Maranhão estamos próximos do Equador e por isso temos uma média de 8 meses de irradiações solares ao longo do ano, o que possibilita zerar a conta de energia", declarou.
Regulamentada pela ANEEL por meio da resolução 482/12, a lei permite que a energia gerada durante o dia pelo sistema solar fotovoltaico abasteça a demanda da casa/empresa e, havendo excedente de energia gerada, esta quantidade será exportada para a rede da distribuidora local, retornando em forma de créditos na conta do consumidor. Esses créditos poderão ser utilizados em até 36 meses, inclusive em outras casas ou sedes da empresa microgeradora. "A energia fotovoltaica gerada não precisa estar voltada para pontos de consumo determinados, pois interage com o sistema da concessionária, gerando créditos que poderão ser consumidos em até noventa dias, não havendo necessidade de baterias", explicou José Maia.
O panificador e integrante do sindicato, Antônio Alves Barbosa, conta que ficou bastante entusiasmado com a ideia de produzir sua própria energia e revela que já iniciou os estudos para implantar o sistema em seu estabelecimento. "Eu acho que é de grande valia e ajuda para nossa área por se tratar de um investimento que por si só se paga, além disso, traz vantagem a médio prazo para nosso faturamento".
E já que o assunto é economia, a captação de energia solar é uma alternativa para empresas e residências que ao receber projeto para instalação das placas, devem esperar que dentro de 42 dias a companhia elétrica libere a instalação do recurso.
"Nós estamos em busca de informações que favoreçam e mostrem vantagens para a nossa categoria. Essa energia limpa, que é mais barata, ajudará o segmento a gerar ainda mais oportunidades de emprego e renda para os imperatrizenses. Além disso, essa reunião foi muito importante, pois ficamos sabendo que dispomos de linhas de créditos específicas para a geração de energia por meio de tratado de sustentabilidade assinado pelo Brasil para implantarmos esse sistema", declarou Joanas Alves, presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Imperatriz e diretor da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), entidade que vem trabalhando ao longo dos anos para fortalecer a indústria na região Tocantina e em todo Maranhão.