Domingos Cezar

Dois sindicalistas que por muitos anos residiram em Açailândia, onde começaram suas atividades sindicais, ocupam hoje os mais importantes cargos no sindicalismo maranhense. A trabalhadora rural Adriana Oliveira, que foi diretora do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Açailândia foi guindada para uma diretoria da Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do Maranhão (FETAEMA) e agora preside a Central Única dos Trabalhadores, a CUT-MA.
Por sua vez, o ferroviário Lúcio Azevedo também participou da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviários dos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins (STEFEM) como representante da base sindical de Açailândia. Alçado para o cargo de tesoureiro, Azevedo assumiu algumas vezes interinamente a presidência e agora assume como titular, uma vez que venceu o pleito ocorrido dias 3 e 4 de outubro, como candidato da Chapa 1 - Via Livre.
Maria Adriana Oliveira, filha desta região, é trabalhadora rural, quilombola, assentada do PA Novo Oriente, município de Açailândia. Como diretora do STTR/Açailândia, em 2004 disputou uma vaga na diretoria da FETAEMA, tornando-se diretora de Política Agrária (2004-2008) e diretora de Política de Mulheres Trabalhadoras Rurais (2008-2012). Candidatou-se à presidência da CUT-MA, representando sua entidade, e venceu a eleição. Tomou posse no final de julho.
A nova presidente da CUT Estadual garantiu que vai trabalhar focada em três eixos principais na condução das ações da entidade: aproximar todos os sindicatos que sejam rurais ou urbanos, em torno de um objetivo que é fortalecer a classe trabalhadora no Maranhão; o fortalecimento da mulher na conquista de seus direitos e, por último, realizar uma articulação permanente junto ao poder público com a finalidade de viabilizar as demandas da classe trabalhadora maranhense.
Lúcio Azevedo, por sua vez, é capixaba, mas veio para Açailândia no início da década de 80 logo após a implantação do Projeto Carajás, sendo admitido como maquinista da então Companhia Vale do Rio Doce. Por quase 20 anos morou com a família no Conjunto Açailândia e tinha como hobby treinar times de crianças e adolescentes oriundas de famílias carentes, principalmente as moradoras do bairro vizinho, a Vila Capeloza. Azevedo sempre acreditou que essa ação afastava essas crianças do caminho da violência e das drogas.
Em 1997 fez parte da chapa encabeçada pelo colega maquinista Eduardo Fernando Jardim Pinto, que se elegeu e desde então ocupou a presidência, transformando o Sindicato dos Ferroviários num dos mais conceituados e respeitados no Brasil e no mundo. O conceito do presidente Eduardo Pinto é tão grande no país que por duas vezes ocupou uma cadeira no Conselho de Administração da Vale, representando a categoria dos ferroviários de todo o Brasil.
Depois de todos esses anos, Eduardo Pinto deixa a presidência e assume o cargo de diretor tesoureiro. Em sua campanha, o novo presidente Lúcio Azevedo pregou em seu plano: ampliar a mobilização da categoria - o sindicato em toda a base; rigor na segurança do trabalho, inaugurar a nova sede do STEFEM, PPP sério para ter aposentadoria justa, lutas pela conquista da PLR sobre o lucro, exigir um piso salarial decente, plano de carreiras e salários transparente e pagamento da periculosidade em fase de definição.
Diretoria executiva - Desta forma, a nova diretoria executiva ficou assim constituída: Presidente - Lúcio Azevedo, Secretário Geral - João Damasceno Franco de Sá, Tesoureiro - Eduardo Fernando Jardim Pinto, Diretor de Política Sindical e Comunicação, Novarck Silva de Oliveira, Diretor de Assuntos Sócio-Econômicos - Luis Carlos de Almeida, Diretor de Assuntos Jurídicos - Willian Madeira e Diretor de Formação e Políticas Sociais - Susalvino Tadeu Viana.
Foram eleitos como delgados titulares: Robert Cutrim Furtado (Santa Inês), Jackson Aguiar de Sousa (Coroatá), Sininger de Oliveira (Açailândia), Jadson Vasconcelos (Imperatriz), João Gomes (Marabá), Raimundo Nascimento Costa Ribeiro (Carajás). No Conselho Fiscal - José Ricardo Vieira Florentino, Welington Magno Costa e Raimundo Nonato dos Santos. Como titular da representação da Transnordestina Logística - José Raimundo Duarte (Coroatá) e da Vale Logística Integrada - VLI - Gilberto Barros (Imperatriz).