São Luís - Sete internos do sistema penitenciário do Maranhão conseguiram pontuação necessária no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como excedentes para ingressarem em uma faculdade pública. A informação é da coordenação geral de Educação do sistema prisional do Maranhão, da Secretaria de Estado da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap).
São três homens da Penitenciária de Pedrinhas e quatro mulheres, com média de idade entre 20 e 30 anos. Conforme o coordenador geral de Educação do sistema prisional, João Lelis Matos, todos estão em regime semiaberto. “Caso consigam ingressar, poderão estudar e trabalhar durante o dia e voltar à noite para a penitenciária”, explicou.
Entre os cursos superiores mais desejados pelos internos estão Administração, Serviço Social e Enfermagem. Das quatro excedentes, duas querem ser enfermeiras. Elaine Cristina Gonçalves Lima, de 27 anos, disse que ficou bastante aliviada ao receber a informação de que é uma das excedentes. “Eu estava ansiosa pelo resultado. Nós nem tivemos muito tempo para estudar e conseguimos ser excedentes”. Ela já trabalhou como auxiliar de Enfermagem. “Acho que tenho vocação para ser enfermeira”.
Para Claudemary Costa Cordeiro, de 28 anos, que pretende, também, fazer Enfermagem, a faculdade é um passo importante na vida. Mãe de quatro crianças, ela se preocupa com a imagem que vai passar dela para os filhos. “Eu mudei muito. Hoje eu sou mais madura. Meus filhos estão olhando o meu esforço”.
Preparação - Para se prepararem, os internos tiveram aulas ministradas por professores da própria unidade. Para o coordenador João Lelis, apesar do pouco tempo para se preparar, o resultado foi satisfatório. “Ministramos aulas de química, matemática, geografia, português e outras matérias; queremos aprimorar esse serviço educativo”. (Almeida Pontes)
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