Intervenção por radiofrequência realizada durante Mutirão de Cirurgias Vasculares

Dezesseis pessoas foram beneficiadas, nesse sábado (27), com o Mutirão de Cirurgias Vasculares realizadas no Hospital de Alta Complexidade Estadual Dr. Carlos Macieira (HCM), em São Luís. São pacientes que consultaram e fizeram seus exames na rede estadual e aguardavam pelos procedimentos de cirurgia de varizes. As intervenções foram realizadas nos membros inferiores dos pacientes pelas técnicas de ablação por radiofrequência e pelo método tradicional.
O cirurgião vascular e chefe da equipe do HCM, Carlos Alberto Azulay Júnior, disse que, diariamente, são realizadas intervenções de varizes e que o mutirão é uma forma de diminuir o número de pessoas que aguardam esse procedimento, em todo o estado, que são de aproximadamente 80 pessoas. “Estamos utilizando uma técnica moderna por radiofrequência, que possibilita uma intervenção mais rápida, indolor e com recuperação mais breve”, explicou. Sete pessoas foram submetidas ao procedimento convencional.
O HCM é o único hospital público que realiza este tipo de procedimento no Maranhão. Carlos Azulay explicou que o tratamento com radiofrequência é mais indicado em casos das veias doentes, tronculares e veias de maior calibre como a veia  “http://www.steticlin.com.br/veia-safena.asp”safena. Através deste tratamento não é necessário removê-la. A veia permanece, mas sem ocasionar transtornos circulatórios, e o próprio organismo se encarrega de desviar o sangue que passava por ali para outras veias saudáveis.
Também integrante da equipe, o cirurgião José Teixeira Júnior explicou que a técnica por oblação de radiofrequência é moderna e gera uma economia muito maior para os cofres públicos. “O paciente com varizes gasta com curativos, falta ao trabalho e onera os cofres da União com os benefícios da seguridade social.  Com esta nova técnica, o paciente retoma suas produtividade e tem uma maior qualidade de vida”, explicou. Fazem parte da equipe ainda os cirurgiões vasculares Raimundo Teixeira, Jelson Bui e Sérgio Botelho.
Durante o procedimento, uma microfibra óptica é introduzida na veia doente por punção, guiada por ultrassom. A radiofrequência aplica energia sob a forma de calor através de um cateter, permitindo inclusive que as ramificações da veia sejam conservadas sem danos. A veia é fechada, perdendo sua função, e o organismo se encarrega de desviar o sangue que passava por ali para outras veias saudáveis, evitando assim a retirada da veia. O pós-operatório da cirurgia de varizes com radiofrequência exige, em média, repouso de apenas dois dias, podendo o paciente retomar as atividades normais após avaliação médica.
A funcionária pública do município de Rosário, Elenice de Jesus Silva Sena, 28 anos, foi a primeira a passar pelo procedimento durante o mutirão. Ele iniciou o tratamento no ano passado no então Hospital Tarquínio Lopes Filho (Geral) e aguardava pela cirurgia. “Estou muito feliz porque as varizes impedem a passagem do sangue e causa dor e feridas”, disse. A balconista Ana Rosa Cardoso Ferreira, 35 anos, também foi submetida ao procedimento. “Fico com os pés inflamados e tenho dificuldade para trabalhar. Agora vou poder realizar minhas atividades com mais alegria e terei uma melhor qualidade de vida”, comentou.
O vigilante Alexandre de Jesus Melo Castro, 39 anos, disse estar desempregado há mais de um ano devido aos problemas de varizes. “As pernas inflamam e a má circulação acarreta feridas que impossibilitam o exercício das atividades. Estou confiante de conseguir um novo emprego”, planeja. A doméstica Maria do Socorro Silva Moreno, 48 anos, moradora de São Luís, agradeceu a Deus pela oportunidade. “Esta foi a melhor coisa que poderia acontecer na minha vida. Só Deus sabe como é o sofrimento de uma pessoa com as pernas inchadas e feridas”, comentou.