Especialistas visitam o Hospital Juvêncio Matos

O Governo do Estado está estudando a possibilidade de ofertar aos maranhenses o serviço de implante coclear, um dispositivo eletrônico de alta tecnologia (também conhecido como ouvido biônico) que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo. O procedimento faz com que a pessoa que tenha o mínimo de audição passe a ter uma vida normal. A cirurgia de alta complexidade já é realizada em outros estados e pode ser custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Especialistas no assunto, o otorrinolaringologista Luiz Rodolpho Penna Lima e a fonoaudióloga Danielle Penna Lima conversaram com técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e visitaram da Saúde (SES) e vistoriaram PAGE \*Arabic PAGE \*Arabic PAGE \*Arabic PAações dos hospitais Infantil Juvêncio Matos e Tarquínio Lopes Filho (Geral).
“Estamos conhecendo a parte física das unidades para que possamos fazer um primeiro diagnóstico. Na próxima etapa, vamos nos reunir com os profissionais para conhecer os recursos humanos disponíveis e concluir o projeto que será encaminhado ao governo estadual”, explicou Rodolpho Lima.
No primeiro contato com técnicos da SES, quinta-feira (21), o subsecretário estadual de Saúde, José Márcio Leite, explicou que o estado conta com especialistas como neuropediatras, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais que poderão ser treinados para trabalhar na equipe. “A governadora Roseana Sarney e o secretário de Saúde Ricardo Murad já demonstraram grande interesse na implantação do serviço e estamos empenhados em dar encaminhamento a esse projeto”, completou o subsecretário.
Estavam presentes também ao encontro os diretores dos hospitais Juvêncio Matos, Cláudio Araújo, e do Geral, Luís Alfredo, além das superintendentes Silvia Leite (Controle e Avaliação do Sistema de Saúde) e Bernardete Veiga (Acompanhamento à Rede de Serviços) e do deputado estadual Jota Pinto (PR).
O implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário a capacidade de perceber o som. Atualmente existem no mundo mais de 60.000 usuários de implante coclear e outros 300 mil estão precisando do aparelho.
“A implantação deste serviço no Estado trará grandes benefícios, uma vez que o cidadão não precisará mais ficar dependendo do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) para fazer a cirurgia e dar prosseguimento ao tratamento”, justificou Cláudio Araújo.

Centro de referência
Rodolpho Penna Lima fundou, em 1999, o Centro de Referência em Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia no Nordeste (Otocentro). A clínica está instalada no Hospital do Coração desde a sua fundação e já realizou mais de 500 implantes. A clínica é um centro completo de ouvido, nariz e garganta, atendendo em todas as áreas dessas especialidades, e tornou-se referência em todo o Brasil.
O implante coclear consiste em dois tipos de componentes, interno e externo. O componente interno é inserido no ouvido por meio do ato cirúrgico e é composto por uma antena com um imã, um receptor estimulador e um cabo com filamento de múltiplos eletrodos envolvido por um tubo de silicone fino e flexível. O componente externo é constituído por um microfone direcional, um processador de fala, uma antena transmissora e dois cabos. A sensação auditiva ocorre em frações de segundos.