São Luís - Técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e do Ministério da Saúde (MS) estão traçando estratégias para eliminação da raiva humana e animal no Maranhão. Uma reunião técnica de Avaliação das Atividades de Vigilância e Controle da Raiva no Estado foi realizada, na manhã dessa quinta-feira (26), no Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde (CIEVS).
O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Alberto Carneiro, disse que uma das estratégias é orientar os gestores municipais para atuarem frente a questões como vacinação dos cães e gatos em todo o Maranhão, monitoramento do vírus da raiva na população canina - com envio de amostras de cães com suspeita da doença neurológica para diagnóstico laboratorial.
“Estamos pedindo o apoio dos donos de cães e gatos e dos técnicos responsáveis para que possamos eliminar este agravo. Ano passado foram registrados no país dois casos de raiva humana transmitida por cão e estes ocorreram na Região Metropolitana de São Luís, onde foram diagnosticados 55 cães positivos para raiva - o que representa 71,5% de todos os casos do Brasil”, afirmou Alberto Carneiro.
No encontro foram discutidas questões como a eliminação da Raiva Humana transmitida por cão até o ano de 2015 em todo o país; aquisição e distribuição de imunobiológicos (vacinas) anti-rábico humano e animal, pontos da Agenda Estratégica 2011-2015 do Governo Federal.
A reunião contou com a presença do coordenador Nacional da Unidade de Zoonoses, Eduardo Caldas; da assessora técnica do Ministério da Saúde, Lúcia Montebello; do coordenador estadual do Programa de Controle da Raiva no Maranhão, Salim Jorge Waquim; do professor de Controle de Zoonoses da Uema, Nordman Wall; e do diretor da Divisão de Raiva, José Antonio Veloso.
Eduardo Caldas afirmou que, nos últimos anos, o Maranhão é o único que apresenta casos de raiva humana transmitida pelo cão. Este ano foram detectados 11 casos de raiva na Região Metropolitana de São Luís, dois no município de Cajapió e um em Santa Quitéria. “Todas as pessoas agredidas por animais domésticos ou silvestres (raposa, morcego e soim) devem buscar as unidades de saúde para serem avaliadas pelas equipes médicas para receber vacinas que protejam contra a doença”, alertou o coordenador Nacional de Zoonoses.
Vacinação
A partir do terceiro mês de idade, todos os cães e gatos devem ser vacinados. A vacina é gratuita e encontrada em 11 postos fixos em São Luís. “Todos os finais de semana também estaremos levando vacinas aos bairros da capital, que serão previamente informados. Neste sábado (28) estaremos imunizando cães e gatos na feira do João Paulo”, adiantou o diretor da Divisão de Raiva da Prefeitura de São Luís, José Antonio Veloso.
As pessoas também podem levar seus animais para vacinar no Centro de Controle de Zoonose (CCZ) da Uema e nos Centros de Saúde da Santa Bárbara, Itapera, Vila Esperança, Anjo da Guarda, São Bernardo, Tibiri, Maracanã, Turu, Estiva e no Socorrinho do Cohatrac.
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