São Luís - Montar estratégias e intensificar a vacinação dos animais da Região Metropolitana de São Luís (municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) foram os objetivos discutidos na tarde dessa terça-feira (14), no auditório da Vigilância em Saúde Estadual (Cievs), durante o I Encontro sobre Raiva Urbana da Região Metropolitana.
O encontro foi uma realização da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Maranhão (CRMV) e enfatizou a ocorrência de raiva canina, em felinos e casos humanos. Duas pessoas chegaram a óbito, vítimas de raiva canina ano passado, nos municípios de São José de Ribamar e Paço do Lumiar.
O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Alberto Carneiro, falou da situação epidemiológica da raiva no Maranhão e das dificuldades enfrentadas pelos técnicos da SES. “A falta de profissionais de medicina veterinária no interior do estado é um dos maiores problemas porque nossa equipe tem se desdobrado para garantir imunização em todas as regionais, e muitos gestores municipais não contam com profissionais preocupados com a conservação e aplicação da vacina”, disse.
Outro grande problema enfrentado, segundo relatou Alberto Carneiro, é a resistência da população na aplicação das vacinas dos animais. “Eles são os responsáveis pela imunização dos animais e contenção do vírus. Não adianta distribuirmos vacinas se a pessoa não levar o animal para ser imunizado”, ressaltou.
Estavam presentes também na abertura do evento a superintendente de Vigilância Epidemiológica, Maria das Graças Lírio; o presidente do CRMV, Osvaldo Serra; o diretor do Curso de Medicina Veterinária da Uema, Itaan de Jesus Pastor; o presidente da comissão de Saúde Pública do CRMV, Manoel Fonseca; e o coordenador da Centro de Controle de Zoonoses de São Luís, Norman Wall de Carvalho – que também esteve representando a Vigilância Sanitária dos Municípios da Região Metropolitana.
Participaram do encontro médicos veterinários, agentes de saúde, enfermeiros. Graça Lírio falou sobre a importância que a vigilância epidemiológica tem para a erradicação de doenças. “Precisamos criar uma Unidade de Resposta sobre profilaxia da região metropolitana, capacitar os profissionais que atuam nestes municípios e, ainda, traçar as metas que os municípios terão que atingir para combater e controlar a circulação viral da doença”, citou.
Osvaldo Serra falou da importância da representação da medicina veterinária na saúde pública. “Precisamos trabalhar esse controle da raiva, principalmente pelos dois óbitos ocorridos ano passado, e dar uma resposta para a sociedade porque o papel do conselho é proteger a sociedade”, declarou. (Concita Torres)
Publicado em Regional na Edição Nº 14330
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