Davinópolis - Os servidores da Educação de Davinópolis, a 8 km de Imperatriz, saíram às ruas nessa segunda-feira (4) para protestar contra a Lei nº. 212/2014, aprovada pela Câmara Municipal na semana passada. A Lei trata da reposição salarial dos servidores da educação para 2014. Nela perfaz-se um reajuste no valor de 6,5% no salário dos servidores e 5% sobre o vale alimentação. A categoria não aceita o reajuste oferecido pela prefeitura, pois essa proposta já havia sido reprovada pelos trabalhadores em assembleia ainda no mês de junho, durante as tentativas de negociação. Com isso, a categoria decide manter a greve por tempo indeterminado.
“Os trabalhadores se sentem lesados e decepcionados com a atitude dos vereadores que aprovaram o projeto na Câmara para forçar os trabalhadores a retornarem as suas atividades laborais. Eles mesmos comentaram nos bastidores que o reajuste é um desrespeito à classe”, disse a presidente do sindicato, professora Raimunda Santos. Apenas o vereador Neuton Simão (PT) votou contra o projeto e justificou que os trabalhadores merecem um reajuste muito maior.
Para o prefeito Ivanildo Paiva (PRB), não há recursos para atender às reivindicações dos trabalhadores. Os servidores, por outro lado, contestam a versão do governo e alegam que o reajuste está muito abaixo e totalmente defasado em relação ao orçamento do FUNDEB previsto para o município este ano, e a reposição de 6,5% sobre o salario só repõe o índice inflacionário atual. O SINTEED – Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Davinópolis, tem por base a média fixada pelo MEC por aluno em 2014, que é de R$ 2.285,57. Dessa forma, a categoria exige um reajuste de no mínimo 15% sobre o salário base e mais 21% sobre o vale alimentação, além das demais cláusulas previstas no Acordo Coletivo de Trabalho – ACT/2014, tais como redução da jornada de trabalho; adicional noturno; incentivo funcional; vale difícil acesso; insalubridade e periculosidade, que até o momento não foram observadas pela atual administração.
O sindicato informou que desde abril, mês da data base da categoria, vem tentado um acordo com a prefeitura. Em quase quatro meses de negociação entre as partes, não se chegou a um acordo para pôr fim ao impasse. Por outro lado, o sindicato solicitou uma audiência de mediação da crise na Justiça do Trabalho de Imperatriz, onde a mesma já foi agendada para o próximo dia 12 de agosto. Os trabalhadores permanecem em greve concentrados na sede do sindicato, na Rua João Lisboa, nº 573 – Centro. (Por Ivanildo Alexandre - Da Assessoria)
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