Professores de braços cruzados no sindicato

Davinópolis - Os servidores da Educação de Davinópolis, a 8 km de Imperatriz, então desde segunda-feira (28) em greve por tempo indeterminado. Além dos professores, cruzaram os braços zeladores, merendeiras, vigilantes, secretários de escola e auxiliar administrativo.
O sindicato, desde abril, mês da data base da categoria, vem tentando um acordo com a prefeitura. Em quase quatro meses de negociação entre as partes, não se chegou a um acordo para colocar fim ao impasse. O SINTEED - Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Davinópolis procurou de todas as formas uma alternativa para evitar a greve. Porém, não houve acordo com o governo municipal.
Segundo o prefeito Ivanildo Paiva (PRB), não há recursos para atender às reivindicações dos trabalhadores. O sindicato contesta a alegação do governo, dizendo que houve reajuste no valor do aluno-ano desde janeiro. O MEC corrige anualmente o valor que é repassado aos municípios com base no número de alunos matriculados no ano anterior. Para 2104, a média fixada pelo MEC por aluno ficou no valor de R$ 2.285,57. É com base nesse reajuste que os servidores fazem suas reivindicações. Na última segunda-feira (28), o governo municipal encaminhou um Projeto de Lei à Câmara de Vereadores que trata do reajuste de salário dos servidores da educação. Porém, essa proposta já foi reprovada maciçamente pelos trabalhadores em assembleia passada. A proposta prevê uma reposição salarial de 6,5% (seis e meio por cento) no salário dos servidores e 5% (cinco por cento) no vale alimentação, o que não contempla a categoria. Tendo em vista que as demais cláusulas permanecem como está. "Um reajuste de 6,5% por cento no salário só faz a correção inflacionária, que é o índice referente à inflação atual. Precisamos discutir o reajuste com base no valor do aluno-ano que foi reajustado a partir de janeiro deste ano", disse a presidente do sindicato, professora Raimunda Santos. Os profissionais pedem através do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT/2014, redução da jornada de trabalho; reajuste salarial e vale alimentação; adicional noturno; incentivo funcional; vale difícil acesso; insalubridade e periculosidade. Os trabalhadores permanecem em greve concentrados na sede do sindicato, na Rua João Lisboa, n° 573 - Centro. (Por Ivanildo Alexandre - Da Assessoria)