São Luís - Como parte das comemorações da Semana Mundial de Aleitamento Materno, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Departamento de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, realizou, nessa sexta-feira (3), no auditório do Palácio Henrique de La Rocque (Calhau), o seminário “Amamentar é Cuidar do Futuro”. O evento discutiu a importância do ato de amamentar, bem como o papel dos hospitais, maternidades e profissionais de saúde na promoção da assistência para mães e bebês.
Segundo a secretária-adjunta de Atenção Primaria em Saúde, Cristina Maria Douat Loyola, que presidiu a mesa de abertura do seminário, o evento foi uma ferramenta para avançar e alcançar indicadores positivos no combate à mortalidade infantil no Maranhão, uma vez que o aleitamento materno é indispensável à saúde da mãe e da criança nos primeiros seis meses de vida. “O ato fisiológico e afetivo da amamentação é um fator determinante para que crianças recém-nascidas não morram, notadamente as prematuras”, disse a secretária.
Outro ponto destacado por Cristina Loyola foi o fato de que a amamentação provoca impactos positivos na elaboração e execução das políticas de saúde, resultando em redução de casos a serem atendidos em hospitais em curto, médio e longo prazo, já que a amamentação supre todas as necessidades alimentares e ainda funciona como vacina na prevenção de diversas doenças, além de potencializar a prevenção de problemas de saúde ao longo da vida. “Podemos contabilizar os custos de se manter uma criança ou um adulto no leito de hospital ou UTI e este é muito alto, enquanto que amamentar não custa nada, é seguro, eficiente, e benéfico”, alertou.
Participaram ainda da mesa de abertura a superintendente de Atenção Primaria em Saúde, Marielza Sousa Cruz e a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), Iolete Soares de Arruda e a enfermeira responsável pelo Banco de Leite Materno do Hospital Universitário Materno Infantil, Eloá de Paula Nunes.
Palestra - Na palestra “Amamentar é salvar Vidas”, ministrada pela enfermeira Eremita Val Rafael, da unidade Neonatal do H.U. Materno-Infantil, foram apresentados dados levantados pelo Ministério da Saúde (MS). De acordo com o órgão, em sua última pesquisa sobre amamentação nas capitais brasileiras, São Luís atingiu uma média de 55,66 dias de amamentação exclusiva (somente leite materno) em crianças de zero a seis anos ficando, por tanto, acima da média nacional apontada nos resultados finais, que é de 54,1 dia.
Para a enfermeira, a questão está intimamente ligada à atuação dos hospitais Amigos da Criança, que além da valorização da humanização, sistematizam seus procedimentos. “Os dados da pesquisa mostram que 83,5% dos recém-nascidos em São Luís são colocados no peito da mãe logo na primeira hora de vida, isso remete a questão dos 10 passos para a amamentação correta, ao cuidado especializado e determinante na vida destes bebês”.
Entre as palestras que aconteceram no seminário, destaque para “Plano de Trabalho e Avaliação do Recém-nascido”, que tratou da sistematização dos cuidados com mãe e filho, e a palestra “Doando vida”, que apresentou aos participantes o manejo correto para lactação e os critérios para doação de leite materno. (Walber Oliveira)