Alunos da rede estadual de ensinam conhecem os trabalhos apresentado na SNTC

Alunos de mais de 60 escolas da rede de ensino da capital já visitaram a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), evento promovido pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). A SNCT acontece até sábado (26), na área externa do São Luís Shopping. No local, os visitantes podem participar de palestras, minicursos, oficinas e ainda se depararem com cobras com duas cabeças, tartarugas e sapo gigante, que chamam a atenção de estudantes como Rebeca Soares, 9 anos, que esteve na manhã dessa quarta-feira (23) visitando a Cidade da Ciência.
Rebeca era uma das mais entusiasmadas com a visita aos animais. “Eu já tinha visto nas fotos dos livros e também na internet. Mas assim, de perto é a primeira vez”, revelou. Assim como ela, para muitos outros jovens a experiência de observar esses répteis de perto é inédita. A professora Ana Evelin, do Colégio Universitário, levou a turma de estudantes do terceiro ano do ensino fundamental para conhecer os animais. “Estávamos trabalhando na sala os animais invertebrados, os répteis e eles então vieram presenciar na prática o que costumam ver muito na teoria. Isso é bem interessante para que eles tenham essa interação”, disse.
Os répteis estão expostos no stand da Universidade Federal do Maranhão e faz parte da pesquisa “Herpetofauna: conhecer para preservar”, que tem o apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão - FAPEMA. A bióloga Hidayane França, explica que o trabalho é de conscientização. “E nesse sentido é bem mais fácil orientar e trabalhar com as crianças que vêm sempre cheias de curiosidade e podemos ajudá-las a preservar esse ambiente”, revelou.
Já os estudantes da escola Zelinda Eugênia Costa, estão participando da SNCT pela primeira vez. Entre dezenas de atividades realizadas em sala de aula, eles optaram por apresentar as que tinham maior envolvimento com a ciência, como o Projeto Cuidar que trouxe estudos e projetos que vinham sendo trabalhados em sala de aula há um ano. “Trouxemos a horta escolar, pois mostra as atividades das crianças em todas as áreas de conhecimento”, explicou a coordenadora do projeto, Helena Paula Oliveira.
Ana Luiza, de 10 anos e Bruno, de 11 anos, estavam familiarizados com as propriedades do capim limão e suas funções naturais. Além desse conhecimento científico, eles também se divertiam com as atrações encontradas na Cidade da Ciência. “Eu gosto muito de ciência. Aqui eu passo o ensinamento e aprendo muito também. Já visitei vários lugares, sempre aprendendo algo novo. No futuro quero ser médico, mas aqui já vou conhecendo muito de ciência”, diz Bruno.
No estande do SENAI e da FIEMA os jovens visitantes viram como é guiar empilhadeiras e tratores em simuladores. “Eu acredito que podemos ter conhecimento em todas as áreas. Aqui, a gente faz por diversão, mas quem garante que isso não pode se tornar uma profissão no futuro? Essa experiência nos ajuda bastante”, afirmou o estudante do ensino médio, Márcio Léo.

Ciência e esporte
Outro espaço que está atraindo crianças e adolescentes são as praças esportivas. “Como o tema é Ciência, Saúde e Esporte, é natural que haja uma procura maior. Nada é feito isoladamente.”, argumenta a diretora científica da Fapema, Claudia Coelho.
Na área de apresentação do Hospital Universitário Huufma, estudantes residentes do curso de Educação Física realizaram ações orientando como cada jovem pode praticar esportes sem prejudicar a saúde, a maneira correta de praticar atividades físicas, bem como relacionar a melhor atividade para cada um.
Até sábado haverá ainda esclarecimentos de fonoaudiólogos sobre os riscos para a audição ao se ouvir música alta nos fones de ouvido. Nutricionistas e outros profissionais da área de saúde também estarão desenvolvendo atividades e fazendo demonstrações. “Eu acho importante pelo menos saber que estamos sujeitos a todos esses problemas. A gente acha que quando é jovem, nada pode atingir a gente. Mas termos essa orientação e essa consciência é o primeiro passo para prevenirmos problema no futuro”, disse a estudante Brunna Camylla, 16 anos.
“Saúde, medicina e esporte estão lado a lado e a presença desses estudantes só comprova que acertamos na escolha do tema, promovendo a integração das atividades e ampliando o conhecimento científico”, afirmou José Costa, secretário de Ciência e Tecnologia do Maranhão.