O desenvolvimento de políticas públicas que garantam aos povos indígenas o direito a uma alimentação adequada e de acordo com seus costumes e suas peculiaridades culturais e alimentares é o tema que técnicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) estão debatendo na I Oficina de Segurança Alimentar e Nutricional voltada aos Povos Indígenas Krikatis.
O evento começou na terça-feira (6) e encerra nesta quinta-feira (8), no município de Montes Altos, na região Tocantina. É realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
O painel sobre o tema é ministrado por Luiz Fernando Amorim, que é superintendente de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, órgão responsável pela execução das ações voltadas à área, a 38 indígenas de três aldeias da região. A discussão envolvendo o tema, segundo ele, abre espaço para que os povos indígenas participem ativamente do processo de construção das políticas públicas destinadas à segurança e oportuniza a apresentação de demandas na área.
“A segurança alimentar voltada a esses povos tem de ter como base práticas alimentares que respeitem a sua diversidade cultural e que preservem seus costumes alimentares. O Governo do Maranhão tem como meta colocar em prática políticas que tenham essa demanda, e, para isso, busca abrir o diálogo para ouvir os principais interessados para que, juntos, possamos construir as ações que atendam aos anseios dos indígenas”, frisou.
No evento, o Consea e o Fórum Maranhense de Segurança Alimentar apresentaram o papel do Consea e do controle social da política pública voltada para essa área. Estão sendo realizados trabalhos de grupo e rodas de conversa sobre o tema principal da oficina, além de apresentação de experiências de segurança alimentar implantadas no município e de experiências agroecológicas desenvolvidas no território Krikatis, entre outras atividades.
“O propósito é propiciar conhecimentos que fortaleçam a segurança alimentar e garantam a sobrevivência das futuras gerações indígenas, com melhores condições alimentares e de vida”, explicou Luiz Fernando Amorim.
Publicado em Regional na Edição Nº 15772
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