Na primeira etapa, a operação combateu o fogo

Hemerson Pinto

Madeira ilegal e de alto valor comercial, de acordo com a coordenação da 2ª etapa da Operação Arariboia, realizada em 18 dias nas terras indígenas e assentamentos dos municípios de Amarante do Maranhão, Açailândia, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas e Itinga do Maranhão.
A investida contra madeireiros foi iniciada logo após o término da primeira etapa, onde a força tarefa eliminou o fogo que destruiu área considerável da Terra Indígena Arariboia. Seis agentes do Ibama e oito policiais militares da capital São Luís percorrem os municípios alvos da operação e apreenderam mais de 2 mil metros de toras de madeira e 230 metros de madeira serrada.
A madeira em tora foi doada ao estado e, em seguida, repassada aos municípios atendidos pela operação e deverá ser usada na construção de pontes. Já a madeira serrada foi doado ao batalhão dos Bombeiros de Imperatriz.
Na busca por irregularidades, a operação aplicou multas em proprietários de madeireiras e serrarias que não atuavam com documentos que comprovassem a legalidade da empresa e do serviço exercido e precisou destruir máquinas e a sede de uma madeira, da qual o proprietário não apareceu para apresentar a documentação exigida.
A batalha contra extração de madeira das terras indígenas na região é antiga é já rendeu muitos episódios, como protestos de madeireiros, prisões, apreensões e tentativa de homicídio praticada contra um agente do Ibama no início da primeira etapa da Operação Arariboia, quando uma equipe do instituto dava apoio às frentes que entravam na mata para combater o fogo.
Segundo o Ibama, a falta de um plano de manejo incentiva a ação ilegal dos madeireiros que promovem até incêndios no meio da mata para retirar troncos e abrir caminho para a passagem de caminhões.