Com a finalidade de avaliar as ações dos Programas de Correção de Fluxo desenvolvidos em 75 municípios maranhenses no primeiro semestre de 2014, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o Instituto Ayrton Senna realizaram, nessa sexta-feira (1º), no Centro Pedagógico Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus do Bacanga, São Luís, o I Encontro de Coordenadores dos Programas de Correção de Fluxo (Se Liga e Acelera Brasil).
O programa de correção de fluxo visa atender alunos repetentes e não alfabetizados na faixa etária de 9 a 14 anos, matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental. A ação teve início no Maranhão em 2012, com a parceria entre a Seduc e o Instituto Ayrton Senna.
Ao participar do evento representando o secretário de Estado da Educação, Danilo Furtado, a secretária adjunta de Ensino da Seduc, Leuzinete Pereira, destacou a importância do programa e ressaltou o número de alunos já beneficiados. “É um programa de grande importância para o avanço da educação de nosso Estado. Ao longo de três anos de parceria, um total de 35 mil alunos maranhenses das redes pública, estadual e municipal, já foram beneficiados nas turmas dos programas de correção de fluxo. Sem falar também os 2.550 profissionais capacitados para trabalhar o programa em seus municípios”, observou.
Segundo Ana Karolina Salomão, coordenadora estadual do Programa, o aluno é o principal foco do trabalho. “Os alunos são os principais atores desse processo, merecem todo nosso cuidado, atenção e compromisso. A avaliação é extremamente necessária porque é no processo avaliativo que se reflete onde avançamos e onde precisamos melhorar para obtermos o sucesso no ensino ministrado em sala de aula”, disse.
Criado em 1999, o programa é emergencial e ajuda a corrigir o fluxo escolar do Ensino Fundamental porque combate o analfabetismo nas primeiras séries, além de contribuir para a diminuição da evasão escolar. Em um ano, alfabetiza crianças que repetem, porque não sabem ler nem escrever, para que possam frequentar o Acelera Brasil e, depois, retornar à rede regular.
“O momento é de avaliação do processo e reflexão dos resultados. Por meio da formação podemos identificar os desafios e traçar as estratégias para possíveis intervenções que visam à melhoria da qualidade do ensino”, ressaltou a Gerente de projetos do Instituto Ayrton Senna, Rita Paulon.
Ao participarem do programa, os alunos que repetem um ou mais anos são avaliados para checar seu nível de leitura e escrita. Caso não alcancem o desempenho desejado, entram no Se Liga. Em salas de, no máximo, 25 alunos, um professor da rede de ensino, devidamente capacitado, aplica a metodologia do Programa que, além da ênfase dada à leitura, oferece às crianças materiais específicos que facilitam e qualificam o aprendizado.
Além de palestra, o encontro foi marcado por apresentação de vídeos e oficinas de trabalho. Segundo Cilene Ferreira, agente técnica do Instituto, a meta é alcançar a alfabetização dos alunos.
“A meta é ajustar o que for necessário no programa e chegar ao final do ano com a alfabetização do aluno e o seu avanço no ano seguinte”, observou.
Para Aricilda Sônia, coordenadora do programa de correção de fluxo no município de Pedreiras, o mais gratificante é o progresso dos alunos. “É um programa muito gratificante porque podemos ver o progresso dos alunos. Trabalhamos para levantar a autoestima de cada estudante, que muitas vezes é desacreditado pela própria família”, disse. (Rociléa Dourado)
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